A Zara já foi altuada no Brasil por ter utilizado mão de obra escrava. Mais rencentemente, quem esteve na mesma posição foi o Restoque: encontraram peças da marca Les Lis Blanc (que faz parte do grupo) em uma oficina que não possuía condições ideais de trabalho.
A questão é séria, e deve sim estar nas preocupações dos consumidores – afinal de que adianta comprar uma peça bacana e com preço bom se, para fabricar a mesma, a indústria não respeitou as leis dos direitos humanos?
Para ajudar as pessoas a descobrirem quem é condizente com tais práticas, o Repórter Brasil, coletivo de jornalistas, educadores e cientistas sociais, lançou nesta semana o aplicativo Moda Livre, que pode ser baixado em smartphones de sistemas IOS e Android.
No app, atualmente com 22 varejistas de moda que participam do cenário nacional, você pode acompanhar uma avaliação, com sinais verde, amarelo e vermelho, indicando quais delas combatem o trabalho escravo (sendo que verde é a melhor avalização, para aquelas que acompanham a cadeia produtiva e possuem histórico favorável; e vermelho para aquelas que não estão atentas ao tema ou não responderam o questionário enviado para pesquisa).
Das empresas presentes, até agora, apenas uma possui sinal verde — a C&A, mostrando que mesmo sendo uma grande rede de fast fashion, dá sim para preocupar-se com todas as etapas da produção de seus itens. Já Bo.Bô, Centauro e Riachuelo estão com avaliações vermelhas, ou seja, negativas.
O aplicativo possui ainda área de notícias e metodologia, que explica melhor como foi feita a pesquisa enviada às indústrias e de que maneira elas funcionam. O donwload é gratuito e pode ser feito aqui (na App Store) e aqui (na Google Play).
Imagens: reprodução / Yay Hype Magazine