Você aí, viciado em mídias sociais, ficou sabendo que o Brasil inteiro quase perdeu o acesso ao Facebook? Isso aconteceu devido uma briga na vida real que acabou migrando também para o universo virtual. Tudo teve início quando a modelo e apresentadora Luize Altenhofen levou seu cachorro Ring, da raça pit bull, para passear. De acordo com seu vizinho, o dentista Eudes Gondim Jr, o animal teria entrado em sua casa e tentado atacar sua família.
O cachorro foi agredido com uma barra de metal e perdeu a visão. Gondim diz que foi para proteger seus filhos da agressividade do animal. No entanto, Ring sofreu convulsões e ficou cego.Luize contesta a história e diz que o cão foi agredido sem motivos. Que ele estava fazendo xixi na calçada do vizinho. ¨O covarde está mentindo. O Ring não entrou na casa dele. Estava fazendo xixi na rua e ele saiu de casa para atacá-lo com uma barra de ferro¨, disse ela.
A partir de então, a modelo passou a proferir insultos ao dentista via Facebook. Até alguns fãs e amigos entraram na discussão e tomaram partido do pit bull. Gondim fez um pedido judicial de remoção dos links com as ofensas proferidas no Facebook, e a Justiça ordenou que a própria rede social deletasse as mensagens.
Como é costumeiro, as empresas que estão por trás das plataformas virtuais tentam se esquivar desse tipo de conflito. Não só o Facebook, mas Google e afins, também. Eles recebem diversos pedidos, todos os anos, para remoção de conteúdo – mas tendem a priorizar a liberdade de cada um dizer o que acha que deve (e arcar com as consequências). E foi isso que a rede de Mark Zuckerberg fez.
O argumento dos advogados de Luize, por sua vez, era de que as mensagens eram de outros usuários, e não da modelo, e então ela não teria nada a ver com isso, basicamente.
Não adiantou. A Justiça deu 48 horas para que o Facebook deletasse as mensagens, ou ele sairia do ar no país. O risco de suspender a rede social foi real, concreto, até que eles enfim apagaram 22 postagens referentes ao caso.
Luize deletou sua conta no Facebook.
Fotos: reprodução / Veja (Antonio Milena), Folhapress e Facebook
Por Marcela Leone