Egberto Gismonti e Mel van Langendonck encerram a série Piano na Praça 2010

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No sábado dia 18 de dezembro o compositor e multi-instrumentista Egberto Gismonte fará uma apresentação na Praça Dom José Gaspar, no centro de São Paulo. O evento fecha a programação 2010 da série Piano na Praça. No repertório há os temas próprios do músico como “Realejo e Dansa”, “Um Anjo”, “Palhaço”, “Sonhos de Recife”, “Forrobodó”, “A Fala da Paixão”, “Frevo”, “Sanfona”, “7 Anéis” e “Infância”.

Às 15h, antes da apresentação de Gismonti, a pianista Mel van Langendonck e faz o concerto de abertura. Com arranjos sofisticados, Mel dedica seu trabalho aos clássicos da música brasileira como “Só Tinha de Ser Com Você” (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira), “Casa Forte” (Edu Lobo), “Choro Bandido” (Edu Lobo e Chico Buarque), “Eu e a Brisa” (Johnny Alf), “Waltzing” (Vitor Assis Brasil), “Tico Tico no Fubá” (Zequinha de Abreu) e “Feitiço da Vila” (Noel Rosa e Vadico). Algumas músicas próprias e outras de Luciano Magno também estão no repertório.

A Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo realiza os concertos ao ar livre da série Piano na Praça desde 2006. As apresentações acontecem semanalmente, sempre na Praça Dom José Gaspar, e traz pianistas de todo o mundo no âmbito popular e erudito.

Piano na Praça

Dia 18 de dezembro – Sábado

15 horas: Mel van Langendonck

16 horas: Egberto Gismonti

Praça Dom José Gaspar, s/nº – Centro/SP – próximo à Estação República do Metrô

Informações: (11) 3397-0160 – Nº de lugares: 300 cadeiras

Egberto Gismonti

Compositor, instrumentista e arranjador fluminense, Egberto Gismonti, nascido em Carmo em 5 de dezembro de 1944, é um dos mais expressivos compositores brasileiros de música instrumental. Neto e sobrinho de mestres de banda, ele estudou piano quando jovem, mas o aperfeiçoamento foi na França, onde trabalhou como regente e arranjador para a cantora Marie Laforêt. Iniciou carreira, em 1968, quando classificou três músicas num festival de música. Em 1969, lançou o primeiro LP, Egberto Gismonti e, no ano seguinte gravou na França, Itália e Alemanha.

Lançou dezenas de discos no Brasil e no Exterior, sendo um dos poucos brasileiros a possuir as matrizes e o direito de comercialização de seus 51 discos, além de dirigir sua própria gravadora, a Carmo. Alguns de seus álbuns mais conhecidos são: Corações Futuristas (1976), Nó Caipira (1978), Dança das Cabeças (1977), Mágico (1980) e Feixe de Luz (1988). Em 1997, lançou o CD Meeting Point, gravado na Lituânia, quando também compunha músicas para a peça Les Bonnes, de Jean Genet, encenada em Paris no ano seguinte. Seus CDs mais recentes são In Montreal (2001) e Saudações (2009). Egberto também participou como músico de dezenas de discos de outros artistas e, em vários outros, assina produção e arranjos; também compôs trilha para 28 filmes, 12 séries especiais de TV, 11 peças teatrais e 27 espetáculos de dança. Além de exímio na execução do piano, ele combina sons de órgão, sintetizador, violão e flautas indígenas em seus arranjos.

A história de Egberto registra interesse pela pesquisa da música popular e folclórica brasileira (ele chegou a passar uma temporada no Xingu). A sonoridade do choro foi o que lhe despertou interesse pelos diferentes tipos de violão e instrumentos de corda. Ele assumiu o violão de 8, por volta de 1973, quando começou também a estudar outras sonoridades como as flautas e kalimbas. Foi um dos primeiros músicos brasileiros a dominar sintetizadores. Dono de uma discografia invejável, grande parte de sua carreira foi concentrada no Exterior, gravando discos premiados com o percussionista brasileiro Naná Vasconcelos (Dança das Cabeças, de 1976) e com outros instrumentistas como Charlie Haden e Jan Garbarek.

Foto: Music Photography

Mel van Langendonck

Com um gosto musical apurado e repertório primoroso, Mel van Langendonck propõe uma combinação de arranjos criativos, interpretações suaves e arrojadas para composições com melodias e harmonias elaboradas. Seu trabalho prioriza obras de compositores como Tom Jobim, Edu Lobo, Carlos Lyra, Cartola, Zequinha de Abreu, Vitor Assis Brasil, Egberto Gismonti, Hermeto Paschoal, Moacir Santos e Cesar Camargo Mariano, entre outros. Mas a pianista também executa composições de novos autores, entre os quais ela se inclui.

Mel van Langendonck apresenta-se, frequentemente, apoiada numa formação jazzística com o Soma em Três. No trio, o contrabaixo (Maurício Gerace) e a bateria (Caio Millan) vão além de acompanhar a performance da pianista, adicionando elementos novos e transformando a música executada em um espetáculo maior.

Fonte: Portal Alone

Foto de abertura: O Kylocyclo

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