” Assim como as notas das músicas se juntam para compor a gama, nossos movimentos se articulam e revelam ao corpo a interdependência das partes.”
“Nosso corpo somos nós. Somos o que parecemos ser. Nosso modo de parecer é nosso moda de ser. Mas não queremos admiti-lo. Não temos coragem de nos olhar.”
“Adquirimos desde cedo um repertório de gestos, nos quais não pensamos mais. Durante o resto da vida, repetimos esses movimentos sem criticá-los, sem lembrar que são apenas uma amostra de nossas virtualidades. Como se tivéssemos aprendido só as primeiras letras do alfabeto e ficássemos satisfeitos com as poucas palavras que com elas podem ser formadas. Neste caso, não só o vocabulário é reduzido, mas também a capacidade de pensar, raciocinar, criar.”
“Encontramos nossa própria imagem principalmente no olhar dos outros, nos tornamos olháveis.”
“Mas justamente nesses esforço para nos esconder, proteger, que revelamos a nossa vulnerabilidade. Porque a imagem que pensamos transmitir, projetar, não é forçosamente a que o outro recebe.”
(O corpo tem suas razões de Therese Bertherat.
No belíssimo livro O corpo tem suas razões Therese Bertherat aborda as questões sobre o corpo de uma forma inusitada e única. A autora revela que o corpo nunca esquece o que aconteceu. Na rigidez, retração e dores dos músculos das costas, membros, diafragma e também do rosto e do sexo, está escrita toda a sua história, do nascimento até hoje. Desde os primeiros meses de vida, você teve que reagir a pressões: Fique assim; fique quieto. Não mexa. Tire a mão daí… Ó Você dobrou-se como pôde e para conformar-se, você se deformou. Liberte-se da programação do seu passado: uma mulher conta a experiência pessoal e profissional que teve; e propõe-lhe uma antiginástica. Não o adestramento forçado do corpo-carne, do corpo considerado como animal a domar, mas movimentos que ela chama de Preliminares. Através deles, você poderá fazer uma viagem de retrocesso no tempo de sua vida, reencontrando o corpo que é seu de verdade, harmonioso, equilibrado e autônomo.