Se o corpo é a imagem da sociedade, que sociedade está representada nos corpos dos brasileiros?
Organizadora Mirian Goldenberg, O Corpo Como Capital reúne o trabalho de oito antropólogos que analisam a especificidade da construção social do corpo na cultura brasileira. Os autores realizaram entrevistas e observação participante em locais estratégicos para refletir sobre o corpo: a praia de Ipanema, academias de musculação, casas de swing, estúdios de tatuagem, academias de dança de salão e escolas municipais. Os temas escolhidos são fascinantes:
• A pesquisa de Mirian Goldenberg, que abre o livro, analisa a construção do corpo feminino e masculino numa cultura que transforma corpos “naturais” em corpos cultivados, moldados e esculpidos.
• Marisol Goia mostra como e porque o bairro de Ipanema é considerado um emblema da cidade do Rio de Janeiro e, por extensão, do Brasil.
• Cláudia da Silva Pereira analisa adolescentes femininas de camadas médias e como elas utilizam o termo “patricinha” como forma de classificar e hierarquizar a si mesmas.
• Olivia von der Weid descreve a experiência de casais adeptos da troca de parceiros.
• Andréa Osório analisa a tatuagem de amor: o registro na pele do nome, das iniciais ou do rosto da pessoa amada.
• Cesar Sabino discute os sentidos dados por homens e mulheres à cor do cabelo verificando especialmente a questão do ser loira.
• Mariana Massena fala sobre a estética da sedução na dança de salão.
• Rodrigo Rosistolato toma por objeto o desenvolvimento de um projeto de orientação sexual numa escola do Rio de Janeiro.
O livro reflete sobre o papel central que o corpo está ocupando na sociedade brasileira nas últimas décadas e aponta para as singularidades de uma cultura onde o corpo é um importante capital físico, simbólico, econômico e social.
O livro O corpo como capital: estudos sobre gênero, sexualidade e moda na cultura brasileira, organizado por Mirian Goldenberg, com artigos de Mirian Goldenberg, Marisol Goia, Cláudia Pereira, Olivia von der Weid, Andréa Osório, Cesar Sabino, Mariana Massena e Rodrigo Rosistolato, todos professores, doutores e mestres da UFRJ.
Editora Estação das Letras e Cores
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