Médico alerta sobre riscos de cirurgias associadas
Imagem do site Cirurgia Plástica A realização de diferentes tipos de cirurgias plásticas ao mesmo tempo, muito comum no inverno, expõe o paciente a um…
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A realização de diferentes tipos de cirurgias plásticas ao mesmo tempo, muito comum no inverno, expõe o paciente a um longo período sobe efeito da anestesia, o que pode acarretar problemas respiratórios, trombose venosa e embolia pulmonar
Quem nunca se olhou no espelho e sentiu vontade de mudar aqui e ali, entrar no centro cirúrgico e sair repaginada? Acordar com outra aparência depois que termina a anestesia é um sonho. Inicialmente, fazer cirurgias plásticas associadas pode parecer mais prático e vantajoso economicamente, mas nem todos os casos são indicados e seguros!
De acordo com o cirurgião plástico Dov Charles Goldenberg,
membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), um tempo muito longo de anestesia pode se tornar um risco. Isso geralmente ocorre quando o paciente faz mais de uma cirurgia no mesmo dia.
Muitas pessoas acreditam que é prático e seguro fazer diferentes intervenções plásticas de uma vez só. Por exemplo: de lipoaspiração, abdome, implante de silicone nos seios e nas cirurgias faciais. Entretanto, de acordo com Goldenberg, isso não é verdade e planejar as cirurgias com intervalo não expõe o paciente a tantos riscos. “Duas anestesias mais curtas garantem mais segurança ao paciente”, ele afirma.
O cirurgião explica que as complicações variam de acordo com o estado clínico de cada um. “Uma pessoa anestesiada por mais de seis horas pode correr riscos, como problemas respiratórios, trombose venosa e embolia pulmonar, por ficar parado muito tempo na mesma posição.”
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No entanto, Goldenberg ressalta que nem todas cirurgias podem ser feitas em conjunto com a mesma anestesia, isso irá depender da área do corpo e o tamanho de cada uma. “Se a intervenção for no tronco, a mamoplastia e a lipoaspiração podem ser feitas em conjunto na maioria dos casos. Se a escolha incluir cirurgia facial, pode não ser indicado, porque esse tipo de plástica é mais minuciosa, dura mais tempo e exige mais atenção do cirurgião.”
Antes de se submeter a uma cirurgia estética, o cirurgião deve respeitar o quadro clínico do paciente. O procedimento adequado para a escolha de cirurgias conjuntas é verificar se há existência de doenças prévias, a idade e as condições físicas. “O primeiro passo para a avaliação dos riscos operatórios é avaliar se as condições clínicas são compatíveis ao tempo cirúrgico”, destacou Goldenberg
Dov Charles Goldenberg é cirurgião plástico e crâniomaxilofacial.
Informações via: Word Brasil