A sereia é uma das mais antigas e populares figuras mitológicas. Aliás, em algumas culturas, ela é uma criatura que gera temor, enquanto em outras, é um símbolo de proteção. Mas, a principal dúvida é se as sirenas, de fato, existem ou são frutos da fantasia humana.
O que significa o nome sereia?
Ela é uma famosa figura da mitologia que está presente em diversas lendas que personificam o mar e os seus perigos. Os povos que dependiam da vida aquática para sobreviver, tinham a representação de uma criatura que atraia os homens pelo seu canto.
Por sua vez, os marinheiros e pescadores que se aproximavam o suficiente para escutá-la, acabavam naufragando. Por isso, hoje em dia, a expressão “canto da sereia” tem a ver com algo que:
- Possui um alto poder de atração;
- Que é impossível resistir.
Tanto na literatura, quanto no cinema, esses encantadores seres mitológicos serviram de inspiração para diversas obras e poemas. Além disso, as sereias também estão presentes em monumentos, joias e estátuas ao redor do mundo.
Uma criatura mitológica
Na mitologia grega, essas criaturas híbridas aquáticas tinham um corpo feminino, mas com a adição de uma cauda de peixe. Aliás, eram figuras de uma beleza de tirar o fôlego.
Acredita-se que as sereias sejam filhas da musa Terpsícore ou Melpômene com o deus do rio, Aqueloo. Seja como for, elas estão presentes em diferentes culturas e mesmo hoje, ainda mexem bastante com a imaginação humana.
Conheça a origem da palavra sereia
Este termo vem do grego antigo Σειρῆν (seiren) e significa “atar, ligar”. O que faz muito sentido, afinal, esse é o seu maior poder, ou seja, atrair os homens. De acordo com a mitologia, esse ser vivia em uma ilha do Mediterrâneo.
Acredita-se que as lendas das sereias também têm origem na antiga Assíria. Neste mito, a deusa Atargatis se converte em um ser metade mulher e metade peixe, após ter se afogado por ter matado de forma acidental o seu amante humano.
Uma só criatura, várias lendas
Há ainda outra história que associa Atargatis a Ascalon, uma deusa com corpo de peixe. A partir disso, fundiram as duas figuras em uma só e assim, surgiu a descrição perfeita de uma sereia.
Os diversos tipos de sereias
Essas figuras têm estado ligadas a diferentes desastres tanto na cultura africana, quanto na asiática e europeia. Por exemplo:
- Naufrágios;
- Afogamentos;
- Tempestades;
- Inundações.
Tamanho é a sua fama, que as a mágica das sereias está presente na literatura clássica de diferentes maneiras como:
- Pisinoe;
- Telxiépia;
- Ligeia;
- Leucósia;
- Partenope.
Em algumas histórias, essas criaturas são vistas como bondosas ao proteger os humanos. Mas, em outros mitos, são perigosas e sedutoras, já que atraem os marinheiros e os fazem afundar os seus navios.
1 – Pisinoe
Na mitologia grega, Pisinoe é uma sereia que tem a habilidade de controlar as suas vítimas com a mente. Eles têm consciência disso, no entanto, se tentarem lutar contra isso, sofrem dores e hemorragias terríveis.
2 – Sereia Telxiépia
De acordo com os mitos gregos, Telxiépia é aquela que encanta pelas palavras ou pelo canto. Além disso, essas sereias também são descritas por terem uma aparência encantadora.
Elas eram ninfas que atraiam os marinheiros para a morte com o seu canto. Antes disso, no entanto, eram servas de Perséfone, a deusa da vegetação e da agricultura.
Quando ela foi sequestrada por Hades, a divindade Deméter deu a elas um corpo híbrido e mandou que encontrassem a deusa. Como não tiveram sucesso na busca, desistiram e passaram a viver na ilha de Antemoessa.
Segundo Hesíodo, um dos poetas gregos da antiguidade, Telxiépia era uma das três sereias que viviam nessa ilha, as demais eram Aglaôfono e Molpe.
3 – Ligeia
A sereia Ligeia ou Ligia era uma das figuras mitológicas gregas. Assim, ela é citada por ter se casado com um carpinteiro de Tróia que morreu na Odisseia. Além disso, ela também teve outras menções em obras como:
- Alexandra do poeta Licofrão;
- Como uma das nereidas, ou seja, filhas de Dóris e Nereu, pelo escritor Higino.
O nome também é o título de um dos contos de terror de Edgar Allan Poe. Na história deste poeta americano, ela é descrita como uma linda mulher de cabelos e olhos negros.
4 – Sereia Leucósia
Também chamada de “a branca ou a pálida”, teve menções pelo poeta Estrabão que se referiu a uma ilha de nome Leucósia em sua obra, que hoje se chama Licosa e fica no sul da Itália.
Segundo a lenda, essas lindas criaturas com vozes doces e encantadoras, de fato, viviam nos rochedos entre a costa do país italiano e a ilha de Capri.
5 – Partenope
A sereia que tem o rosto de uma menina, de acordo com o grego clássico. Assim, conta a lenda que ela seria a responsável por fundar a cidade de Partenope. Essa, por sua vez, um tempo depois seria renomeada de Neápolis, que hoje em dia é conhecida por Nápoles.
Segundo crenças, como é possível derrotar uma sereia?
De acordo com o mito sobre esse ser mitológico, só é possível derrotar essa criatura encantadora se a vítima cantar melhor do que ela. Por outro lado, saiba que também há uma maneira de resistir ao seu canto sem ter que soltar a voz.
Ulisses e as sereias
Depois da guerra de Tróia, o herói grego Ulisses teve que se dirigir a Ítaca. Mas, para chegar até a região teria que passar por Capri. Entretanto, todos que navegavam pela ilha, eram seduzidos pelo canto de uma sereia e assim, eram devorados por ela.
Ciente desse fato, Ulisses criou o plano perfeito. Fez com que todos os seus tripulantes colocassem cera nos ouvidos. Em seguida, ordenou a eles que o deixassem preso ao mastro do navio, pois ele queria escutar o canto da bela criatura.
Em Capri, uma voz logo se fez ouvir e o herói grego, atraído, começou a ordenar em desespero a todos os homens ali presentes que o tirassem dali.
Surdos as súplicas do capitão, bem como, ao canto do ser que era metade mulher e metade peixe, a tripulação e Ulisses conseguiram atravessar a ilha vivos. Aliás, eles foram os primeiros a conseguir tal feito.
Sereias elas existem de fato?
O mito da sereia é universal, assim como a dúvida se elas, de fato, são reais. Essa é uma questão que intriga até mesmo a ciência. Isso porque, pesquisadores americanos da vida aquática já tentaram buscar evidências sobre a existência desse ser mitológico.
Não há nada que comprove que as sereias existem, no entanto. Grande parte dessa curiosidade se deve a fama destas belas criaturas. Afinal, o que não faltam são histórias sobre elas na internet, revistas e na TV.
Um dos maiores mitos na história da humanidade
Falsos documentários e diversos vídeos já foram divulgados fazendo com que o público acreditasse na existência delas. Mas, não se engane, elas e outras figuras que intrigam o imaginário humano não são reais, como:
- Monstro do Lago Ness;
- Pé Grande.
Mesmo que todas as lendas sobre sereias não passem de ficção, isso não quer dizer que não tenham um significado e um valor. Já que, fazem parte da cultura e da crença de diversos povos.
Cristóvão Colombo afirmou ter visto essas criaturas?
Em 9 de janeiro de 1493, perto do Haiti, Cristóvão Colombo avistou três sereias em sua viagem em direção ao Caribe. De acordo com ele, em seu diário de bordo, um trio se elevou acima da superfície do mar.
Relato de 1493
Ainda sobre a sua experiência, ele escreveu que as criaturas não eram tão belas como retratavam os contos populares. Isso porque, a sereia sempre foi descrita como uma figura de imensa beleza. Essa crença sempre passou de geração para geração.
Hoje em dia, no entanto, os cientistas acreditam que Colombo avistou não sereias, mas sim um peixe-boi. Ou seja, um mamífero marinho que este navegador desconhecia a existência.
Esses gigantes do mar, também chamados de vacas-marinhas, são classificados como sirênios, uma óbvia referência às famosas sereias da mitologia grega.
Documentários fakes sobre sereia
A dúvida sobre a existência das sereias sempre existiu e foi estimulada por produções fakes como as seguintes:
- O Corpo Encontrado (2012);
- A Nova Evidência (2013).
Esses dois documentários são falsos, portanto, cheios de cenas forjadas e atores interpretando especialistas. Todos esses fatos foram expostos à imprensa e também constavam nos créditos.
1 – O corpo encontrado de 2012
Esse documentário sobre sereia fez muito sucesso quando foi lançado. Aliás, mesmo expondo ser uma produção fake (por meio de uma fonte pequena), o público mais distraído que assistiu, ficou bem irritado ao descobrir que tudo era ficção.
2 – A nova evidência de 2013
O “Mermaids: The New Evidence” é a sequência do primeiro documentário lançado em 2012. Assim, o foco dessa produção foi a Teoria dos Macacos Aquáticos.
Ela justifica que ancestrais semelhantes ao ser humano adotaram um estilo de vida semiaquático na costa da África. A razão disso poderiam ser as seguintes:
- Busca por alimento no mar;
- Um tipo de defesa contra os predadores.
Seja qual fosse o motivo, tal teoria aborda que essa decisão causou a evolução dessa civilização e assim, surgiu uma nova subespécie, no caso as sereias, criaturas que não eram 100% aquáticas e nem 100% terrestres.
Informações que confundiram muitas pessoas
O objetivo do canal Animal Planet, responsável pelas duas produções, era testar um novo formato de programa. No entanto, isso não ficou claro o bastante para o telespectador na época, que se iludiu ainda mais sobre a existência das sereias.
A figura da sereia pela perspectiva do Cristianismo
O conceito de sereia e sua primeira descrição no Cristianismo surgiu na Idade Média, em 680 d.C. Quem fez o relato sobre uma mulher com cauda de peixe foi um monge. Para essa religião, esse ser tem os seguintes significados:
- Luxúria;
- Pecado;
- Vaidade.
As sereias dos manuscritos medievais tinham como função mostrar a riqueza e bondade da criação divina. Bem como, representar os pecados humanos, como a vaidade.
Muito desse simbolismo está presente nos objetos que, no geral, são relacionados a essas criaturas como o espelho e o pente. Por isso, ainda é comum ver na decoração de igrejas esses itens.
Como a sereia é vista nas mais diversas culturas?
Uma criatura parte humana e parte animal, essa é a descrição de uma lenda que se tornou popular em várias partes do mundo. A maneira como as sereias são vistas dependem da crença e da religião de cada povo. Isso porque, elas podem tomar distintas formas:
- Manipuladoras, cruéis, sanguinárias, monstruosas;
- Sedutoras, bondosas, belas, maternais.
As histórias sobre essas criaturas variam e pouco se assemelham entre si. Afinal, elas podem ser figuras apaixonadas e que desejam ser humanas, como é o caso da sereia Ariel e Ponyo.
Ou ainda podem ensinar lições de valor aos humanos, como aborda o livro Sereias de Marte, que conta que elas esgotaram toda a água deste planeta e vieram à Terra, a fim de conscientizar as pessoas sobre a preservação desse recurso.
História das sereias nas nove principais culturas mundiais
Conheça agora um pouco da história dessa figura mitológica sob o ponto de vista de nove culturas diferentes como Japão, Oceania, Rússia, França, Inglaterra, Polônia, África, Oriente Médio e por fim, Brasil.
1 – Mitologia japonesa
No Japão, há relatos sobre sereias há séculos. Por lá, elas são vistas como uma criatura marinha que provoca terror nos mares da Terra do Sol Nascente. Assim, são chamadas de “ningyo”.
Juventude eterna
Com um rosto e um corpo que variam entre a aparência humana e a de um peixe, a sereia nipônica possui:
- Garras afiadas;
- Dedos longos;
- Escamas douradas brilhantes.
O seu tamanho varia, podendo ser da altura de uma criança ou de um adulto. Já a cabeça é descrita como:
- Deformada;
- Com chifres;
- Dentes proeminentes.
Também há relatos de sereias com uma aparência mais semelhante às ocidentais. No entanto, com um toque mais sinistro e até demoníaco. Dessa forma, nas lendas do Japão, elas possuem um canto de um pássaro, doce como uma flauta.
No lugar de uma criatura sedutora, as ningyos são figuras horríveis. Mas, acredita-se que a sua carne dê imortalidade. Bem como, as suas lágrimas, que se transformam em pérolas e quando são devoradas, concedem a juventude eterna.
2 – Sereia na cultura da Oceania
Uma das lendas sobre sereia de maior destaque é a de Sirena. Ela era uma garota que vivia em Guam e adorava nadar. Passava horas no rio Hagatna e esquecia da vida, inclusive, das responsabilidades.
Sua mãe, furiosa com aquela atitude, amaldiçoou a menina a se transformar em peixe, já que ela amava a água acima de tudo e todos. A avó de Sirena, em contrapartida, rebateu a maldição da filha.
Alheia ao que acontecia, a garota notou uma mudança em seu corpo. A parte inferior se cobriu de escamas e os pés se converteram em barbatanas. Ou seja, metade humana e metade peixe.
Sirena, aquela que protege os marinheiros
A mãe da menina tentou reverter o feitiço, mas não foi possível. Depois disso, reza a lenda que com medo de que a caçassem, Sirena partiu para o oceano e nunca mais foi vista. A não ser por marinheiros e assim, ela se tornou a protetora deles.
3 – Mitologia Russa sobre essas criaturas
A sereia na Rússia tem o nome de Rusalka. Na lenda do país, ela representa o espírito de uma jovem mulher que morreu afogada em um lago ou rio por conta de seus pecados. No entanto, ela ressurge, a fim de assombrar o lugar e se vingar.
Ela, então, passa a atrair homens com sua beleza e canto sedutor. Mas, como possui um corpo escorregadio, as vítimas em total hipnose, acabam sendo afogadas por esse ser que traz um sorriso de satisfação no rosto por ter sua vingança concretizada.
Sereias vingativas
Acredita-se que as Rusalkas mudam de visual para se adequar de forma perfeita ao gosto de suas vítimas. Em algumas versões, possuem cabelos longos verde-musgo e estão sempre nuas. Já em outras, usam roupas longas e contém olhos negros sem pupilas.
4 – Melusina, a sereia da mitologia francesa
Essa é uma famosa lenda da França que conta a história da filha de uma fada com um rei mortal. Após descumprir uma promessa a sua esposa, ela o deixou e levou as três herdeiras junto.
Depois de se tornarem adultas e aprenderem a dominar os seus poderes, Melusina e as irmãs se vingaram do pai, prendendo-o em uma caverna. A mãe, ao descobrir isso, amaldiçoou as três filhas.
A Melusina coube o castigo de se transformar em uma serpente d’água uma vez por semana. Além disso, ela jamais amaria de verdade, a não ser que encontrasse um homem que prometesse jamais vê-la sob aquela forma.
Caso a promessa se quebrasse, a sereia teria que viver sob aquela aparência para sempre. Com o tempo, ela se casou com um conde, mas este quebrou o juramento e logo, Melusina passou o resto de seus dias como uma mulher-serpente.
Possui várias formas
No geral, ela é representada como uma bela jovem que é um peixe ou serpente da cintura para baixo. Mas, também há versões que a retratam com asas, caudas ou ambos.
5 – A visão dos britânicos sobre as sereias
Na Cornualha, na igreja de Zennor, existe a estátua do século 15 de uma sereia na lateral de um banco. A lenda sobre essa criatura conta a história de uma mulher metade humana e metade peixe que caiu de amores por um jovem homem e o atraiu para o mar.
6 – Sereia de Varsóvia, uma crença polonesa
Essa é uma lenda sobre duas sereias irmãs que nadaram do Atlântico até o mar Báltico. Uma delas, de fato, pode ser vista sentada em uma rocha logo na chegada do porto de Copenhague.
Já a outra se estabeleceu em Varsóvia. Então, um comerciante ao ouvir o seu canto, a capturou para enriquecer. Mas, um pescador, ao escutar o choro dela todas as noites, um dia resolveu libertá-la.
Em troca disso, ela ofereceu a ele ajuda sempre que ele necessitasse. Por isso, a Sereia de Varsóvia, homenageada em diversas estátuas pela cidade, possui um escudo e uma espada, a fim de proteger os seus habitantes e a capital.
Um símbolo de proteção
O povo da Polônia acredita na proteção das sereias, tanto é que a mulher metade peixe e metade humana está presente até mesmo no brasão de armas da capital do país. Aliás, com a mesma imagem que possui na estátua, com espada e escudo.
7 – Visão da cultura africana sobre a sereia
As sereias também fazem parte da cultura da África. De fato, neste continente, essa criatura divide sentimentos, pois são ao mesmo tempo reverenciadas e muito temidas.
Mondao
No Sul da África, essa figura é chamada de Mondao, um espírito aquático que tem o corpo de uma cobra e vive na água. Acredita-se que ela é capaz de atrair abundância e riqueza.
Já no Zimbábue, as sereias são vistas como criaturas do mal que tem prazer em agarrar nadadores e banhistas para as ondas até causarem as suas mortes.
M amogashwa
Já na cidade de Mabopane, o povo africano crê na existência de uma sereia do mal que fica na represa de Marikana. Uma figura meio humana e meio peixe.
Mami Uata
Em boa parte da África, Mami Uata ou Mãe Água é vista como uma bela criatura que se destaca pelo seu jeito:
- Perigoso;
- Sedutor;
- Protetor.
Várias artes foram criadas em sua homenagem e com frequência, nelas ela é retratada como um ser metade mulher e metade peixe. Ou como uma encantadora de serpentes, bem como, uma mistura de ambos.
Kianda
Uma deusa da Angola que é muito amada e reverenciada, já que recebe muitas oferendas do povo africano. A mesma está presente em muitas obras e artes.
Uma criatura temida no continente
Acredita-se que ela seja dotada de poderes e possa fazer tanto o mal quanto o bem. Dessa maneira, essa figura africana inspira perigo e medo, mas também o amor.
8 – Como as sereias são vistas no Oriente Médio?
A primeira referência a esse ser mitológico foi em 1000 a.C, com a deusa Atargatis que, de fato, possui diversas representações. Dentre elas, que a mesma rege o mar, logo, pode ter o corpo de serpente ou peixe.
Existe uma lenda antiga que conta sobre a descida de Atargatis das nuvens do céu na forma de um ovo. Assim, a partir dele, nasceu uma linda deusa sereia.
9 – A visão do Brasil sobre sereia
A lenda sobre esse ser no Brasil tem a forma mais popular de uma linda mulher de cabelos longos. Ela enfeitiça homens jovens ou prestes a se casar com o seu canto direto para o fundo do mar para a morte.
Vive nos afluentes e rios brasileiros. O mito surgiu no século 18 e se difundiu pelo mundo afora. Portanto, essa é a história da sereia Iara, que chegou junto com os portugueses e se uniu à cultura indígena, o que teve como origem essa famosa criatura mitológica.
Sereia da Furna do Diamante
No Rio Grande do Sul, na praia de Torres, existe o mito de uma figura metade mulher e metade peixe, que protege um local cheio de pedras preciosas, bem como, diamantes.
Diz a lenda que essa criatura aparece na entrada da gruta sempre nas sextas-feiras de lua cheia, a meia noite. Dessa forma, quem tiver a sorte de vê-la e lhe oferecer um pente de presente sem questionar nada, pode descobrir onde os tesouros estão escondidos.
A sereia nos cinemas
Note que diferente da maioria das lendas sobre essa criatura, nos filmes, séries e animações, as sereias representam uma figura apaixonada, ingênua e acima de tudo, muito amistosa.
Diversas produções
Ficou claro até aqui que esses seres são muito presentes na cultura de diversos continentes. No Brasil, por exemplo, a lenda de Iara já foi retratada em vários filmes e séries nacionais.
Nas produções do exterior também têm-se diferentes adaptações no cinema sobre sereias, dentre eles:
- De Profundis;
- Aquamarine;
- The Mermaid;
- Splash;
- Piratas do Caribe 4: Navegando em Águas Misteriosas.
Não se pode deixar de destacar a obra que tornou esse tema ainda mais popular no mundo, A Pequena Sereia, uma animação de 1989 da Walt Disney.
Hoje em dia, também há filmes sobre essa criatura, mas no gênero de suspense e terror. Dessa forma, pode-se citar o Lago dos Mortos (2018) e a tendência é que surjam muitos outros com essa pegada. Afinal, o mito das sereias ainda seduz bastante o público.
Uma criatura encantadora em todos os sentidos
As pessoas amam as lendas sobre sereias e a figura em si, isso é fato. Isso porque, é possível adquirir objetos como bonecas e livros de colorir sobre elas. Além disso, elas estão presentes em moedas, bandeiras e até mesmo no logo da Starbucks.
Parques aquáticos e aquários, em geral, tem pessoas reais que personificam uma sereia, com direito a ficarem debaixo d’água com a respiração em suspenso e olhos bem abertos.
Mesmo que essa figura mitológica da antiguidade não seja real, ela desperta a criatividade e a imaginação do público. Assim, mais do que uma ilusão, ela é um símbolo compartilhado e que, de certa forma, une povos de diferentes partes do mundo.