“Virtude e Aparência” é a nova exposição temática do MASP
A partir do dia 18 de agosto será aberta ao público a exposição “Virtude e Aparência – A Caminho do Moderno” que reúne obras de…
A partir do dia 18 de agosto será aberta ao público a exposição “Virtude e Aparência – A Caminho do Moderno” que reúne obras de Botticelli, Andréa Mantegna, Pietro Perugino, Bellini, Rafael, Tintoretto, El Greco, Bosch e Dornicke, entre outros. A exposição terá um conjunto de 46 obras do século XIII ao XVIII. A mostra estará disposta em quatro grupos: “Pré-Renascença”, “Primeiro momento moderno”, “Mais drama, mais ação” e “À superfície das coisas”.
Esta será a terceira das quatro exposições temáticas do acervo do Masp, considerada uma das mais preciosas coleções do mundo. Assim como nas duas exposições temáticas já abertas, a mostra “Virtude e Aparência – A Caminho do Moderno” permitirá ao público ter uma visão compreensiva, com textos explicativos, sobre obras específicas da exposição.
Disposição da Mostra no Masp – Antônio Milena/AE
Nova disposição
Desde outubro de 2007, como parte das festividades de seu 60º aniversário, o Masp apresenta seu acervo em nova estrutura física e conceitual. Abandonou sua antiga divisão por períodos e regiões geopolíticas para adotar a divisão por temas. Desta forma, o visitante pode apreciar obras de períodos distintos, lado a lado. Em outubro será inaugurada a quarta e última exposição temática do acervo, “Olhar e Ser Visto – retratos, auto-retratos“, completando exatamente um ano de comemorações.
É uma ótima pedida para estudantes, professores, principalmente os de moda. Museus e exposições são fundamentais para a compreensão de uma abordagem conceitual na criação e desenvolvimento de moda.
Na divulgação da exposição, o curador do Masp, o Profº Teixeira Coelho deu um resumo explicativo do que o público verá na mostra.
Prof. Teixeira Coelho – Antônio Milena/AE
(Trecho completo)
VIRTUDE E APARÊNCIA
A caminho do moderno – Por Teixeira Coelho
“Nesta exposição, estão presentes duas linhas de força da história da arte ocidental. A primeira se traduz na idéia de que, ao olhar-se para uma obra, era preciso ver além do que estava nela representado. Como John Ruskin insistia no século XIX, entregar-se à imitação, insistir no valor da arte por sua capacidade de reproduzir as coisas tais quais eram pouco e vulgar; os prazeres desse olhar primário estavam entre os mais desprezíveis.
Na arte de tema religioso, essa linha está presente: a beleza de uma madona não reside tanto (ou nada) no que se vê na tela, mas num outro plano, além ou superior, acessível apenas ao intelecto. A virtude da obra estava em grande parte fora dela, talvez acima dela. Há virtudes visíveis, sem dúvida, como a perícia do artista. Mas a principal delas ficava além do visível. São exemplos dessa linha, obras do século XIII como a Madonna, do Maestro Del Bigallo, além das de Rafael, Bellini e Botticelli.
Ao lado dessa arte, porém, para atender a outras necessidades da aristocracia e da burguesia nascente num mundo em transformação, surge no século XVI outra voltada para as aparências em todos visíveis. Entre essas, a nascente arte da paisagem e do retrato.
Ecce Homo de Tintoretto
Virtudes imateriais ainda existem, mas as aparências da tela começam a predominar e são, mesmo, essenciais. Tudo está à superfície das coisas e o prazer consiste em vê-las, a exemplo do que se vê nas telas de Metsys, Boucher e Fragonard representando cenas do dia a dia ou aquelas cuja beleza maior está no equilíbrio entre as cores da pele e dos tecidos das personagens.
Este jogo entre o visível e o invisível, entre conteúdo conceitual e uma superfície que logo se entrega ao olhar está na base da arte ocidental. Apresentam-se, nesta mostra, obras do momento em que essa separação e esse conflito instalam-se na arte ocidental e dos instantes logo posteriores, quando as aparências se afirmam e se caminha para o moderno.”
Pietro Pirugino – São Sebastião na Coluna; Jacopo Del Sellaio – Virgem com o Menino Jesus; Jacopo Tintoretto – Ecce Homo; Maestro Di San Martino – Virgem com Menino Jesus
O Masp também abre para a visitação a tão aguardada exposição Tesouros da Terra Santa – do Rei Davi ao Cristianismo.
Leia mais sobre a exposição com a matéria de Silas Martí “Masp recria Terra Santa com peças do Museu de Israel” para Folha de S. Paulo aqui.
Serviços:
Exposição: Virtude e Aparência – A Caminho do Moderno
Realização: MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Local: Av. Paulista, 1578 – Cerqueira César – São Paulo – SP
Estacionamento: Garagem Trianon – Pça. Alexandre Gusmão Progress Park – Avenida Paulista, 1636.
Horários: terça-feira a domingo e feriados, das 11h às 18h; quinta-feira até 20h.
A bilheteria fecha com uma hora de antecedência.
Ingresso: R$ 15 (inteira) e R$ 7,00 (estudante). Gratuito para menores de 10 anos e maiores de 60 anos.
Dia Gratuito: Todas as terças-feiras a entrada é gratuita até as 18:00 horas
Serviço Educativo: Agendamento de grupos (escolas e outros) 2ª a 6ª das 9h00 às 17h00 telefone: (11) 3283-2585
Fonte: Museu de Arte de São Paulo
Ass. Imprensa Comunique Assessoria de Comunicação
Por Diego Carvalho
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