Foto de Legado Brasileiro
Orgulho nacional transformado em Selos Dourados – Coleção Legado Brasileiro
Como falar de selos em plena era da internet?
Vivemos numa época em que as informações e dados circulam com velocidade espantosa e tudo que queremos está a um clique de nós. Podendo contar com a praticidade e rapidez do e-mail, por que falar de cartas e selos? Tais itens fazem parte da história da comunicação e estão bem presentes em nosso dia-a-dia, e não podem ser simplesmente apagados da memória.
Os Correios estão lançando uma edição exclusiva de lingotes comemorativos – A Coleção Legado Brasileiro. Os Selos Dourados são 25 réplicas em ouro de selos importantes para a história do país. Entre eles, selos em homenagem a Airton Senna, a Santos Dummont e ao Descobrimento do Brasil. Os lingotes são cortados por diamante e têm alto relevo.
A tiragem da coleção é reduzida, apenas 9500 exemplares de cada tipo. Uma vez atingido o limite da edição, as matrizes de cunhagem serão destruídas, o que os torna ainda mais preciosos e exclusivos.
Foto de Legado Brasileiro
Um pouco da História do Selo
Os selos têm como função assegurar o pagamento de tributos postais. Em outras palavras, eles servem como um meio de adquirir um serviço, no caso um serviço postal.
O primeiro selo surgiu na Inglaterra e foi idealizado por Sir Rowland Hill, um membro do parlamento inglês. Sir Rowland acabou com um grave problema de devolução de correspondências, uma vez que antes da invenção do selo era o destinatário – aquele que recebe a carta – quem tinha de arcar com os custos postais. O selo pioneiro foi criado em 6 de maio de 1840 e era chamado de “One Black Penny”. O Selo Negro, como também era conhecido, tinha estampado um retrato da rainha Vitória.
O Brasil foi um dos primeiros países a utilizar selos. O terceiro, mais precisamente, a fazer uso desses pequenos retângulos adesivos – antes dele, Inglaterra e Suíça já o haviam feito. Em 1843, o país lançou uma linha chamada de “Olho de Boi”, com selos nos valores de 30, 60 e 90 réis.
Selo One Black Penny – Foto de Obvious Mag
Linha Olho de Boi – Foto de Blog da Retrô
Originalmente, os selos tinham apenas três tipos de estampas: brasão, cifra ou efígie. Os com estampa de brasão traziam o desenho do escudo de armas de determinado país, por exemplo; os selos com estampa de cifra, como o Olho de Boi, traziam desenhados apenas seus respectivos valores; já o selo com estampa de efígie leva o desenho do busto de uma personalidade, como um nobre, um intelectual ou um político proeminente, o Selo Negro se encaixa nessa categoria.
Não tardou, os desenhos foram tomando caráter mais artístico e logo surgiram os selos comemorativos. Colecioná-los virou uma febre e cada selo tinha uma cotação específica. Quanto mais raro o selo, maior o seu valor – como uma bolsa de valores filatélica.
De acordo com a Obvious Mag: “O valor de um selo comemorativo varia de acordo com sua tiragem na época e o tempo que o mesmo ficou em circulação. Tamanho e desenhos vão de acordo com o gosto e as peculiaridades do país. Alguns selos são lançados apenas para colecionadores e nem chegam a ser feitos para postagem.”
Os selos comemorativos são uma maneira muito interessante de se observar a história humana e o desenvolvimento das sociedades. Há séries de selos comemorativos sobre grandes avanços da ciência e da medicina, sobre momentos e personalidades que marcaram época em seus países de origem etc.
O primeiro selo comemorativo do Brasil foi lançado em 1900, em comemoração ao IV centenário do descobrimento do país.
Selo celebrando o criador a assepsia médica – Foto de Obvious Mag
Selo oriental comemorando avanço da medicina – Foto de Obvious Mag
Selo-Lingote em ouro maciço – Foto de Legado Brasileiro
Detalhe do corte à diamante – Foto de Legado Brasileiro
Referências
Abrafite – Associação Brasileira de Filatelia Temática
Por Augusto Paz by Fashion Bubbles