Quando Moda e Arte encontram as ruas. Pinturas em shopping, moda no metrô e grafites em viadutos
É muito comum ouvirmos comentários sobre a pobreza cultural do nosso povo. Mas é extremamente raro ouvirmos iniciativas louváveis que levam moda, arte e cultura…
É muito comum ouvirmos comentários sobre a pobreza cultural do nosso povo. Mas é extremamente raro ouvirmos iniciativas louváveis que levam moda, arte e cultura para este mesmo povo. Seguem algumas ideias e projetos que podem servir de inspiração e fazer a diferença em locais inusitados.
Mas nesta edição da SPFW uma iniciativa chamou atenção, o projeto #metronamoda que aconteceu no domingo (27.10) na linha 02, verde, do metrô de São Paulo. O evento abriu a agenda oficial da edição de Outono/Inverno 2014 do SPFW, levando um desfile que começou na estação Vila Madalena, onde 40 modelos partiram em direção à Vila Prudente. Dezenas de pessoas, muitos estudantes de moda, inclusive, acompanharam o percurso, que teve trilha sonora de Gigi Suleiman, vencedora do Movimento HotSpot.
Em todas as quatro estações compreendidas no trajeto – Vila Madalena, Ana Rosa, Alto do Ipiranga e Vila Prudente -, os modelos caminharam em meio à multidão e entraram nos trens, interagindo e se deixando fotografar pelos passantes. Os que foram com o intuito de assistir ao desfile analisavam as roupas com fascínio, enquanto aqueles pegos desprevenidos riam e comemoravam a sorte de presenciar o evento, comenta matéria do FFW.
Moda e cultura andam juntas. A moda mais que consumo, é também identidade de um país, de um povo, assim como também se dedica ao estudo do novo na cultura. Levar moda e arte para metrô e levar cor, arte e identidade, a pessoas que de outra forma, teriam pouquíssimas oportunidades de vivenciar tais experiências.
Modelos pousando em uma das estações do metrô de São Paulo
Intervenções Urbanas
Outra forma de levar arte para cidade, deixá-la mais bonita e portanto menos árida, são os painéis de grafite e outras intervenções urbanas, que podem ser uma alternativa para áreas degradas, ou locais da cidade que carecem de estética e cor, como o trabalho feito no Minhocão em São Paulo.
Pilares com arte em intervenção urbana no Minhocão/SP com fotos de Raquel Brust
Pinturas no Shpping
Outra iniciativa muito bacana, desta vez na Holanda, onde os organizadores do Rijksmuseum tiveram uma ideia: Por que não levar o museu até o povo ? Estavam convencidos de que assim o povo teria um maior interesse em visitar o museu.
Então, escolheram um dos quadros de Rembrandt, Ronde de nuit (1642). Criaram então uma “mise-en-scène” com os personagens desse quadro e levaram a cena até uma galeria comercial.
Confira o resultado:
[http://www.youtube.com/watch?v=a6W2ZMpsxhg]
48 horas de arte
E para finalizar, o 48 Stunden Neukölln, Stunden quer dizer “horas”, em alemão. O evento acontece no Verão de Berlim e tem por objetivo difundir toda e qualquer manifestação artística aos arredores do bairro cult de Neukölln.
A ideia é dar aos visitantes interessados em arte e em suas formas de expressão, a oportunidade de vivenciá-la por 48 horas seguidas. Não é genial?
No 48 Stunden Neukölln estúdios de arte e outros espaços privados são abertos ao público. O 48 Stunden Neukölln fornece um quadro, em que os locais estabelecidos (especialmente os espaços públicos) funcionem com a ajuda de profissionais e artistas autônomos, como locais onde as artes podem ser descobertas e saboreadas.
No 48 Stunden Neukölln (Stunden quer dizer “horas”, em alemão) você pode vivenciar a arte em todas as suas formas por 48 horas seguidas
A ocasião engloba não só a alta cultura selecionada por curadores, mas também inclui a “outsider art” e trabalhos realizados por artistas amadores. Qualquer artista ou morador de Neukölln pode ser convidado a envolver-se neste projeto
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Por Denise Pitta
