Os fogos de artifício na passagem do ano em Copacabana têm um resultado surpreendente quando refletidos nas águas do mar. Os fogos de artifício necessitam de um espelho para multiplicar-se e os rios do mundo têm feito isso, assim como, as praias.
O Rio Tâmisa e o Rio Sena foram palco desse reflexo das luzes mágicas que nos chegaram da China. Eles serviram de cenografia para espetáculos teatrais. Sim, por que era uma encenação teatral o desfile de barcos nesses rios. Ou no mar na frente da Catedral de São Marcos, quando o grande barco do Dodge de Veneza desfilava seguido por dezenas de outros barcos.
As vestes da corte, a decoração riquíssima dos barcos encenava a pompa que aquela cidade merecia, por ser dona de parte do Mar Mediterrâneo. Louis XV não dispensava o trabalho dos químicos de Bologna, os irmão Ruggieri e os fogos de artifício que eles forneciam para as festas de Versalhes. Enquanto os fogos coloridos explodiam estrelas nos céus, atores, dançarinos, músicos e cantores realizavam o espetáculo de regozijo nos palcos dos jardins às margens de rios, lagos, e praias.
Por Cyro del Nero