“Fly me to the moon”
Adoro olhar para o céu, ficar olhando as estrelas (às vezes, difícil experiência na cidade de São Paulo), e tenho uma relação de medo e…
Adoro olhar para o céu, ficar olhando as estrelas (às vezes, difícil experiência na cidade de São Paulo), e tenho uma relação de medo e interesse com a imensidão do universo. Chego a comparar o infinito cósmico ao não saber do inconsciente. Parece que o mundo interno e o mundo externo se perdem nestas experiências sem fim e atemporais. Entretanto, a humanidade deu grandes passos como disse o primeiro astronauta a pisar na lua em 1969.
A celebração dos 40 anos da primeira visita do homem a lua ainda tem gerado muitas manifestações e posições antagônicas. Muita gente ainda se mostra descrente de que tal fato tenha ocorrido, embora todas as evidências provem que o homem tem se superado a cada dia nas descobertas científicas: a genética é um excelente exemplo, o controle de algumas doenças e erradicação de outras, também têm ajudado a humanidade no controle da mortalidade e longevidade. A tecnologia é outra grande área que revolucionou nosso modo de viver – internet, nanotecnologia, biotecnologia, telefonia celular dentre outros. Eu não tenho dúvida de que o homem foi longe, esteve na lua e será capaz de muito mais.
Assistindo um documentário sobre todo o processo de preparação – as tensões pessoais e institucionais de uma missão ousada que envolveu muita pesquisa, estudo, dinheiro e coragem – pude refletir sobre vários aspectos da capacidade que o ser humano tem de sempre desejar. Não basta querer fazer uma visita a lua, uma vez que muitos obstáculos devem ser superados: gravidade da terra, tecnologia (roupas, alimentação, comunicação e transporte adequados), coragem e curiosidade dos astronautas versus a incerteza do sucesso da missão (medo da morte), desejo incansável dos cientistas em explorar o universo e a vontade política para bancar um investimento – astronômico (literalmente).
No dia 20 de julho de 1969 a Apolo 11 decolou às 14h levando os astronautas Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin “Buzz” Aldrin para a lua, nos aproximando do cosmos e fazendo com eles tivessem uma experiência real com algo que pertencia somente ao mundo do imaginário e simbólico.
First Moon Landing 1969
A lua me fascina e tem muitas referências culturais, místicas, artísticas. Algumas expressões são bons exemplos da influência da lua em nossas vidas: “Estar no mundo da lua”; “Você é um lunático”; as coincidências dos ciclos menstruais com as fases da lua; na música: “Quando ela roda é nova, crescente ou meia a lua é cheia….”; “Eu vivo sempre no mundo da lua..”.
Estudiosos do zodíaco mostram a influência da lua nos 12 signos: “Enquanto os arianos ficam mais ativos corajosos e impulsivos, aumentam a necessidade dos taurinos de buscar segurança material e financeira. As faculdades intelectuais, mentais e culturais dos geminianos são intensificadas e exaltam a sensibilidade dos cancerianos. Os escorpiões manifestam os desejos incontroláveis e as grandes paixões, enquanto os sagitarianos ficam otimistas e entusiasmado. Os capricornianos ficam mais sérios e introspectivos.”
Muitas culturas consideravam a lua como o símbolo celeste do princípio feminino – a própria Mãe Divina. Algumas tradições, cultos e rituais invocavam a lua para promover a fertilidade e assegurar o crescimento e a nutrição vegetal, animal e humana. Muitos perguntam: “Se a lua tem influência nas marés e nas colheitas porque não influenciaria o nosso humor? Ou até fisicamente na retenção de líquido e propensão a algumas doenças?” Quantos não fizeram o regime da lua.
O Lobisomem, os Vampiros, dentre outros personagens míticos, têm uma estreita relação com a lua cheia e demonstram o lado animal e a agressividade incontrolada da natureza humana. A mesma lua foi responsabilizada por deixar os lunáticos absortos e distraídos e também por liberar toda a agressividade animal de outros.
Selene é a deusa grega da lua, era filha de Hipérion e Tea, tendo como irmãos, a deusa Eos e o deus Hélios. A deusa se apaixonou por um mortal, um belo pastor, cujo nome era Endymion que resultou no nascimento de cinqüenta filhas (ainda bem que uma deusa não perde a elasticidade!). Entretanto, Endymion por ser humano era suscetível ao envelhecimento e também à morte. Selene não podia aceitar a possibilidade de viver sem seu amado e para assegurar que Endymion permanecesse eternamente jovem, o fez dormir para sempre. Desta maneira, Endymion viveria sempre… dormindo, mas com a mesma aparente idade.
Celebramos os 40 anos da visita de nossos representantes à lua, mas ela existe há muito tempo e faz parte de um cenário que nos esquecemos de olhar. Segundo alguns astro-físicos com o tempo a lua sairá da gravidade da terra e se perderá no universo. Embora ela não tenha luz própria, reflete a luz do sol e pode iluminar a nossa noite. Seria muito estranho olhar para o céu durante a noite e não ver a lua, mas ainda assim viveria introjetada, continuaria a existir na história, na tradição, nos mitos e na ficção.
Como não poderia deixar de comentar, a lua é uma verdadeira inspiração para amar e muitos esperam pela lua de mel, enquanto outros se lambuzam muito antes. Desta forma, quis terminar este artigo com uma música que eu adoro – “Fly me to the moon!”. A letra desta música foi escrita em 1954 por Bart Howard e interpretada por muitos da minha igual admiração: Nat King Cole, Joe Harnell, Julie London, Frank Sinatra, Sarah Vaughan, Tony Bennett e Diana Krall.
Frank Sinatra – Fly me to the moon
Diana Krall – Fly me to the moon
Diana Krall – Fly Me To The Moon: Quartet Performances Las Vegas, June 2007
http://www.youtube.com/watch?v=GluGQrnjBtg
“Fly me to the moon!”
Fly me to the moon
Let me play among the stars
Let me see what spring is like
On a-Jupiter and Mars
In other words, hold my hand
In other words, baby, kiss me
Fill my heart with song
And let me sing for ever more
You are all I long for
All I worship and adore
In other words, please be true
In other words, I love you
Fill my heart with song
Let me sing for ever more
You are all I long for
All I worship and adore
In other words, please be true
In other words, in other words
I love … you
Por Carlos Alberto Alves e Silva
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