Uma empresa canadense, a Analogue Media, afirmou que 25% de seu rendimento está vindo das fitas “k7”. Oi? Isso mesmo, as fitas cassete estão voltando ao mercado. A procura por bandas e consumidores está a cada dia maior. Outro artigo um tanto quanto antigo que vem fazendo sucesso é o vinil, mas isso não é novidade. A novidade mesmo está em artistas brasileiros lançando suas obras prensadas no bom e velho long player, como Nando Reis, Pitty, artistas do Rap nacional, entre outros.
O vinil tem até bons argumentos: a arte da capa sempre foi bem mais legal que as de CD e DVD, a durabilidade de um vinil vai muito além da de um CD, o discão tem uma qualidade sonora superior às demais mídias, principalmente quando o assunto é timbres mais graves. Além de todos esses pontos positivos, podemos contrariar os críticos do vinil, que dizem que ocupa muito espaço e que é uma mídia ultrapassada e antiquada, com apenas um argumento, o ‘charme’. Existe algo mais elegante que pegar um vinil do Jhon Coltrane ou Miles Davis, ouvir a obra completa sem pular e selecionar músicas, como fazemos nos CD’s e mp3, com um bom vinho e uma boa companhia?
Convencidos de que os discos pretos tem seu espaço no mundo, resta saber o que vamos ter de positivo com as fitas K7 quando voltarem a circular por aqui, além de mostrar para nossos filhos como rebobinar a fitinha com uma caneta.
Pensando nisso tudo, vejo o que o Cazuza já enxergava anos atrás, quando cantava, “eu vejo um museu de grandes novidades”.
Fotos: Catraca Livre e Retro Games Brasil.
Por Carol Carneiro