Exposição Jorge Amado e Universal no Museu da Língua Portuguesa em SP
A Exposição Jorge Amado e Universal teve início em 17 de abril, ficará no espaço até dia 22 de julho Uma explosão, era o que se…
A Exposição Jorge Amado e Universal teve início em 17 de abril, ficará no espaço até dia 22 de julho
Uma explosão, era o que se esperava: explosão de tropicalismo, baianidade, negritude e sensualidade à moda de Gabriela Cravo e Canela, Dona Flor e seus Dois Maridos, Tieta do Agreste… Mas é a sobriedade paulistana, muito bem contextualizada e concretizada em cima de um regionalismo exato, na ambientação e na mostra da vida e obra deste escritor brasileiro, que era o mais traduzido para outras línguas (antes da era Paulo Coelho). Ele transita com igual competência entre os temas do primitivismo sensual à sofisticação teórica do marxismo.Você precisa visitar a exposição!
Uma parede de azulejos, com frases-chave jorgeamadianas notáveis, recepciona os visitantes logo à entrada. Ingressa-se então num espaço, onde grandes tábuas de madeira natural, tendo nelas vazados os títulos dos numerosos livros do autor, pendem do teto e das paredes. Toda a ambientação, feita de prateleiras formadas por caixas plásticas ou metal, evoca os antigos bares, cabarés e biroscas do interior nordestino, ponto alto nas obras do autor, tanto que, em outro espaço, os nomes desses locais, pinçados de seus livros, aparecem em destaque, evidenciando-se o Bataclan e também Vesúvio, bar de Seu Nacib, em Ilhéus, para onde Gabriela ia levar, todas as tardes, uma bandeja com seus petiscos…
Em outra sala, prateleiras lotadas de garrafas plásticas cheias do tão baiano azeite de dendê, ingrediente que salta das páginas de Jorge, com sua cor, sabor e aroma africanos, têm escritos, na sua plástica superfície, textos escolhidos do autor, convidando a uma excursão gustativo-literária. Como se as histórias fossem contadas pelo próprio dendê.
Sendo a mostra realizada no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, apropriadamente expõem-se, em outro espaço, as palavras usadas anteriormente, pelos brasileiros, para definir sua cor perante o IBGE, nos sensos demográficos, uma explosão de criatividade! Você precisa conferir. À frente, textos escolhidos de Jorge, em que a definição das cores dos personagens vão de tisnados a negro-azul, uma riquíssima mostra de palavras e expressões populares da nossa língua.
Imagem via apontocom
E ainda há salas repletas de fotografias de Jorge Amado pelo Brasil e o mundo, na companhia de familiares ou de pessoas e situações as mais diversas. Até Jorge com seus cachorros e com um mico, e, em áudio, a voz de sua esposa, Zélia Gatai, também escritora e membro da Academia Brasileira de Letras. Paredes cobertas de homenagens as mais variadas e universais, como diplomas de Doutor Honoris Causa, emitidos por Universidades brasileiras e de muitas outras pelo mundo afora.
Destaque para as estantes, repletas dos livros do autor, tanto em Português como em outras línguas. E para a baianidade de uma originalíssima parede, inteiramente coberta por fitinhas amarradas, tipo as do Senhor do Bonfim, mas trazendo títulos e expressões de Jorge Amado. Muita exposição de objetos típicos nordestinos e daqueles usados nos cultos de Candomblé e Macumba, em que Jorge era iniciado e que fazem parte dos seus livros. Destaque também para o som ambiente: é a trilha sonora da negritude, do mistério primitivo dos cultos afro, dos da sensualidade sem pecado.
Para sair, surpresa: tem-se que atravessar um corredor, onde pendem em todo o espaço, bastões ou pinos coloridos, leves e acústicos, que no contato com os passantes, produzem sons ancestrais, peculiares, que cada um decodifica a seu gosto: será o som evocativo de uma Gabriela ou de uma Teresa Batista Cansada de Guerra? Vá experimentar e nos diga o que você sentiu.
Saiba mais sobre a exposição no site do Museu da Lígua Portuguesa.
A exposição é uma homenagem ao centenário de nascimento do grande autor baiano que criou mais de 300 personagens em sua obra, que foi editada em mais de 50 países e versada para 49 idiomas. Saiba mais sobre a exposição no site do Museu da Lígua Portuguesa. Imagem via Embarque na Viagem
Imagem via Agora Online
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PorIgnez Pitta
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