Expo “Roma – A Vida e os Imperadores” em cartaz na Casa Fiat de Cultura

Quando a gente vai visitar Roma, encanta-se exatamente com a cidade: seus monumentos antigos e ruínas de templos, palácios e complexos esportivos, como, por exemplo, o Coliseu; suas estátuas,espaços públicos, arcos do triunfo, as estradas romanas, como a Via Ápia, e as catacumbas, que já são dos cristãos.

Aí pensa que conheceu o povo romano, mas só agora, percorrendo a exposição “Roma, a Vida e os Imperadores”, na Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte, pudemos conhecer melhor a vida romana em seus detalhes: a família, a medicina, a religião, o comércio, os jogos, o teatro, a guerra. Até há uma parte intitulada “Morrer em Roma”, que nos permite conhecer seus ritos e monumentos funerários.

Essa exposição precisa e minuciosa, segundo José Eduardo de Lima Pereira, Presidente da Casa Fiat de Cultura, dará ao público a oportunidade de reconhecer, nos diversos aspectos da cultura romana, a matriz seminal que nos formou a todos: a vida romana, que é a finalidade do trabalho apresentado. A exposição conta com 370 objetos, vindos de importantes museus da Itália.

Dos detalhes da vida dos imperadores aos da vida militar e da cotidiana, são mostrados objetos como chaves, pregos e ferramentas. Admiramos o domínio da metalurgia romana, que fica explícito na exposição de suas armaduras e armas, que, para guarnecer o exército, teriam que ser fabricadas em escala. Rastelos, enxadas, bicos de arado,; moedas e objetos metálicos dos mais variados tipos, como uma “groma”, mecanismo usado para a medição e demarcação de terras; aquecedores e panelas de metal, talheres e uma infinidade de vasos, instrumentos cirúrgicos, e  estátuas belamente cinzeladas; balanças de diversos tipos, lanternas, lamparinas e suportes para lâmpadas. As fantásticas joias, de ouro, prata e pedras preciosas, não diferem muito daquelas usadas até hoje.

Mas é a arte em mármore, com a virtuosidade e perfeição das estátuas, frisas, altares, baixos-relevos;  camafeus em marfim; vasos de unguentos, pingentes; e os sarcófagos e urnas mortuárias, decorados com esculturas representativas das mais variadas cenas, como de viagens, mercado e vida doméstica.

Nas estátuas femininas, além da beleza, destacam-se as vestes e as variadas modas de pentear os cabelos, havendo até uso de perucas, com o que se delimitam as idades de cada representação. Nas masculinas, uso das togas, mantos, chapéus diversos, como o que era utilizado no culto do deus Mitra e deu origem à mitra dos bispos católicos. Também muitas estátuas de homens, principalmente, apresentam o corpo nu, ritual, e há até a presença de falos gigantes, também cultuados.

Mas é a existência de compassos, pinças e instrumentos diversos até hoje utilizados, junto com todo o magnífico conjunto, que nos faz entender com mais clareza que somos os herdeiros dessa magnífica civilização, que criou o maior e mais duradouro império da História – o Império Romano, que podia chamar o mar Mediterrâneo “Mare Nostrum”, por haver-se estabelecido em torno do total de suas margens.

Para mais informações, visite o site da exposição.

Parabéns à Casa Fiat de Cultura!

por Ignez Pitta

Ignez Pitta: Ignez é historiadora. Contato: http://www.myfashionbubbles.com/profile/IgnezPittadeAlmeida

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