Uma mostra de projetos arquitetônicos que tem foco em sustentabilidade, uso de materiais inovadores e o relacionamento das construções com o ambiente natural. É esta a ideia por trás da Bienal de Arquitetura de Veneza ou, no italiano original, La Biennale Architettura.
Em 2021, o evento acontece de 22 de maio até 21 de novembro e conta com participantes de mais de 40 países. Em seguida, você confere tudo sobre a exposição; um pouco de sua história; de que forma é possível participar, bem como chegar até o local. Além disso, fique por dentro da parceria com a Saphira & Ventura Gallery, que tem como objetivo misturar o meio artístico com o arquitetônico. Continue lendo!
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O que é a Bienal de Arquitetura de Veneza?
Trata-se da maior exibição mundial de arquitetura, que acontece a cada dois anos desde 1980. Sua criação foi marcada por mostras coletivas e individuais, bem como por debates sobre o pós-modernismo nos projetos arquitetônicos.
O destaque, na época, ficou para a instalação de uma rua no recém-restaurado Arsenal de Veneza. Nos vinte pavilhões disponíveis, ficaram expostas obras de escritórios internacionais importantes, com foco para países da Europa e os Estados Unidos. O tema abordado foi “A presença do passado” e, por isso, os participantes foram convidados a refletir sobre a história da arquitetura.
Desde então, o evento cresceu a cada edição e, em 2018, contou com a participação de 71 expositores e a presença de cerca de 300 mil visitantes. A 17ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza estava programada para acontecer em 2020. No entanto, por conta da pandemia causada pela COVID-19, o evento precisou ser adiado para 2021.
Saphira & Ventura Gallery – Representação brasileira durante a Bienal de Arquitetura de Veneza
Saphira & Ventura Gallery e NYICAS em colaboração com European Cultural Centre apresenta: Time Space Existence – Bienal de Arquitetura de Veneza 2021.
Saphira & Ventura Art Design e Architecture está estabelecida na cidade de Nova York, especializada em arte moderna e contemporânea, design e arquitetura. A Galeria visa promover e exibir artistas, designers e arquitetos de vanguarda em um ambiente contemporâneo e alternativo.
Fundada pelos brasileiros Alcinda Saphira e Louis Ventura, em sua coleção, a Saphira & Ventura dispõe de grandes nomes como Andy Warhol, Matisse, Miró, Pablo Picasso e Tomie Ohtake. E todas as mostras acontecem em um ambiente alternativo e inovador.
Este ano, um dos principais objetivos do curador da Bienal de Veneza, Hashim Sarkis é encorajar a inclusão de outras profissões na mostra. É o caso de artistas, construtores, artesãos, mas também de políticos, jornalistas e cientistas sociais.
Assim em 2021, a Galeria estará colaborando com a Sociedade Internacional de Arte Contemporânea de Nova York (NYICAS) para representar um grupo de arquitetos, designers e artistas dos Estados Unidos, Canadá, Brasil e China no European Cultural Centre (EEC) no Palazzo Mora, em Veneza , Itália.
O Centro Cultural Europeu apresenta a quinta edição da extensa exposição na Bienal de Arquitetura. A Saphira & Ventura Gallery participará da mostra que abrirá paralelamente à Biennale Architettura no dia 22 de maio de 2021 e durará seis meses até 21 de novembro de 2021 no Palazzo Bembo, Palazzo Mora e Giardini della Marinaressa.
Com o intuito de demonstrar a influência da arquitetura e da arte em nosso cotidiano e em nossa sociedade, a S&V Gallery pretende apresentar uma ampla variedade de investigações e projetos. Eles vão desde conceitos, desenhos, modelos, vídeos e fotografias até instalações específicas do local.
A proposta da Sociedade Internacional de Arte Contemporânea de Nova York (NYICAS) e da Saphira & Ventura Gallery é trazer arquitetos norte e sul-americanos. Isso por meio de um diálogo entre Estados Unidos e Brasil, Nova York e São Paulo. Como resultado, estabelecerá um intercâmbio de experiências arquitetônicas no contexto da vida humana e da sustentabilidade do planeta.
Amazon Tears, é destaque brasileiro na Bienal de Veneza
A escultura Amazon Tears, do artista Alexandre Mavignier, vem chamando atenção e se consagrou como um dos destaques da mostra. A obra fala das consequências da degradação da Amazônia e conscientiza sobre a necessidade de mudança. Entenda ainda porque a floresta corre perigo e os impactos da sua destruição, em uma emocionante jornada.
Amazon Tears ficará exposta de 23 de maio a 25 de novembro na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza, na Itália. Logo após, será exposta na Saphira & Ventura Gallery de Nova York de dezembro de 2021 a maio de 2022.
Inclusive, a obra ganhou ênfase no mapa oficial da Bienal de Veneza, que apresenta os endereços dos palazzos, pavilhões na cidade. Trazendo ainda uma atração principal de cada um, em destaque. E no Palazzo Mora a atração oficial é a Amazon Tears.
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Qual é o tema da mostra em 2021?
“Como vamos viver juntos?” é a pergunta central que vai ditar a seleção dos expositores da Bienal de Arquitetura de Veneza 2021. De acordo com o arquiteto e acadêmico Hashim Sarkis, curador do evento, vivemos hoje um contexto muito particular.
As normas sociais estão mudando mais rapidamente; a polarização política está cada vez mais evidente; as desigualdades econômicas só aumentam e, por fim, as alterações climáticas são um problema que cresce em urgência. Desse modo, é necessário repensar os espaços e as construções para favorecer a convivência.
“O mundo está colocando novos desafios diante da arquitetura. Estou ansioso para trabalhar com os participantes do mundo todo a fim de imaginarmos juntos como iremos enfrentar esses desafios”, conta Hashim. O curador afirma ainda que buscou expositores que, como cidadãos, utilizem suas habilidades com o fim de unir as pessoas e resolver problemas complexos.
Além disso, seu foco para a mostra são artistas que ousam propor alternativas e construtores que façam do otimismo a sua fonte de inspiração. Afinal, essa confluência de papéis se faz necessária em tempos difíceis. Assim, ele acredita, será possível tornar a humanidade mais forte e a arquitetura mais bonita.
Quando acontece a Bienal de Arquitetura de Veneza?
Assim como em edições anteriores, a mostra vai durar 6 meses em 2021. A inauguração acontece no dia 22 de maio e o evento fica aberto para o público até 21 de novembro. Os horários de visitação são das 10h da manhã às 18h da tarde, com a última admissão às 17h45. A bienal fecha às segundas-feiras, à exceção dos dias 24 de maio, 6 de setembro, 1º de novembro e 15 de novembro.
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Como chegar à Bienal de Arquitetura de Veneza?
A exposição acontece em três edifícios principais: Arsenale, Giardini e Forte Marghera. E cada um deles possui vários pavilhões repletos de projetos arquitetônicos e arte para explorar. O ingresso dá direito de acesso a todos esses locais e é possível começar a visita por qualquer um deles.
A distância entre Giardini e Arsenale, por exemplo, é de 10 minutos caminhando. Os organizadores estimam que 3 horas sejam o suficiente para apreciar cada área com calma. Além disso, a Bienal de Arquitetura de Veneza contará com 17 eventos colaterais espalhados pela cidade. Confira, em seguida, mais sobre os três prédios centrais da mostra.
Arsenale
Localizado no bairro Sestiere Castello, na rua Campo della Tana, número 2169, o Arsenale foi o maior centro de produção de Veneza na época pré-industrial. Por isso, trata-se de um símbolo do poder econômico, político e militar da cidade.
Desde 1980, é o palco da Bienal de Arquitetura e alguns de seus pavilhões também já foram cenário de outras exibições de arte. A área começou a ser restaurada em 1999, o que permitiu que cada vez mais espaços fossem abertos para a visitação do público.
Hoje, a área de exibição é completamente acessível para cadeiras de roda e conta com serviços como bar, restaurante, livraria, ponto de informação e guarda-volumes.
Giardini
Do mesmo modo que o Arsenale, o Giardini também fica no bairro Sestiere Castello. É o local tradicional da Bienal de Arte de Veneza, que acontece lá desde 1895. O prédio data do início do século 19 e a construção foi encomendada por Napoleão Bonaparte.
Por causa de todo o sucesso do evento, novos edifícios foram construídos a partir de 1907. Atualmente, são 29 pavilhões, alguns deles projetados por arquitetos renomados.
As comodidades também incluem bar, restaurante, livraria, ponto de informação e guarda-volumes. Na área externa, aliás, é possível passear com animais de estimação de pequeno porte.
Forte Marghera
Um pouco mais afastado dos outros locais da mostra, o Forte Marghera é uma fortaleza do século 19. O lugar irá abrigar o projeto chamado “Como vamos brincar juntos?”. Dedicada à diversão das crianças, a instalação é apresentada por cinco arquitetos e um fotógrafo arquitetônico.
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Como participar?
A Bienal de Arquitetura de Veneza contará, em 2021, com a participação de 110 expositores. 63 deles são italianos, enquanto os outros viajam de 46 países diferentes. Nesta edição, há representação mais forte da África, da América Latina e da Ásia. Ademais, desta vez, quatro nações estreiam na mostra: Azerbaijão, Granada, Iraque e Uzbequistão.
É possível adquirir os ingressos no site oficial do evento ou até mesmo na própria exposição. As bilheterias não só do Giardini, mas também do Arsenale funcionam das 10h da manhã às 17h30 da tarde de terça a domingo.
Espaço de exibição
A Bienal de Arquitetura de Veneza conta com mais de 3.000 m² de espaço interno, além de mais de 6.000 m² de jardins públicos venezianos. As exposições da S&V Gallery são organizadas pelo Centro Cultural Europeu e acontecem no Palazzo Bembo, no Palazzo Mora e no Giardini Marinaressa.
Desse modo, a galeria consegue cumprir seu compromisso de exibir com qualidade os trabalhos inovadores dos arquitetos, artistas e designers. Ao mesmo tempo, podem dar ênfase à promoção dos profissionais e à conversão em vendas dos projetos apresentados.
- Por fim, confira mais eventos que contam com a organização ou a participação da S& V Gallery! Fique por dentro do The Palm Beach Show, uma luxuosa mostra de joias, arte e antiguidades. Ou ainda conheça a Bienal da Amazônia, exposição de arte com consciência para ajudar a preservar a floresta brasileira.
Por Denise Pitta e Laís Rodrigues