Arte em papel pode virar inspiração para estampas
Trabalho de Shannon Rankin – Foto de FlavorWire A tecnologia do século XXI nos permite comunicar pelos mais variados meios. Podemos nos corresponder com pessoas…
Trabalho de Shannon Rankin – Foto de FlavorWire
A tecnologia do século XXI nos permite comunicar pelos mais variados meios. Podemos nos corresponder com pessoas de diversas partes do globo através de telefonemas, mensagens de texto, e-mails, isso sem contar a prolífera quantidade de redes sociais, tais quais Orkut, Facebook, Twitter etc.
As manifestações artísticas também acompanharam essa tendência e hoje vemos arte em multimeios. O Flickr é um dos melhores exemplos disso. Lá, qualquer um pode postar seus trabalhos fotográficos. Outro site que segue a mesma linha é o Camisetaria, onde vários criadores expõem trabalhos de estamparia.
De modo geral, o espectador deixou de ser um elemento passivo e tornou-se parte integrante da obra de arte. Isso se faz bastante visível nas instalações de Marina Abamovic. The House With the Ocean View – A casa com vista para o mar – é um bom exemplo disso. A artista viveu na própria instalação durante um tempo com apenas o essencial para sobreviver. O visitante da exposição a assistia e, inevitavelmente, angustiava-se. Perguntava-se: “Ela não vai sair daí nunca?”
Parecem cadarços, mas são mapas cortados por Sannon Rankin – Foto de FlavorWire
Trabalho de Brian Dettmer – Foto de FlavorWire
Trabalho de Bovey Lee – Foto de FlavorWire
Outro exemplo de arte diferente é o Happening. Esse é geralmente composto por um ato improvisado envolvendo artes cênicas e contando com a interação do público. O termo foi usado pela primeira vez em 1959 por Allan Krapow. No Brasil, Flávio de Carvalho foi pioneiro no gênero.
Além da diversidade de meios onde essas manifestações artísiticas são apresentadas, devemos citar também a vasta gama de materiais de que se dispõe hoje e a maneira como são usados. Plataformas artísticas que já são nossas velhas conhecidas, como o papel, recebem tratamento diferenciado. Shannon Rankin, por exemplo, trabalha com mapas. a Californiana se utiliza dos desenhos cartográficos como se fossem estampas, recortando-os e compondo novas formas. Brian Dettmer é outro artista da turma dos cortadores de papel. Ele cria relevos recortando livros inteiros!
O alemão Simon Schubert impressiona pela delicadeza com a qual trata a folha de sulfite. Apenas dobrando-a, o artista consegue compor desenhos bastante complexos e delicados. Os trabalhos de Schubert, Blackwell, Rankin e de outros como Ingrid Siliakus, Yulia Brodskaya e Bovey Lee são uma ótima fonte de inspiração para o desenvolvimento de estampas.
No Brasil, um artista que trabalhou com papel foi Jum Nakao. O estilista concebeu e produziu uma coleção inteiramente feita de papel. As peças foram destroçadas pelas modelos no final do desfile, simbolizando a efemeridade da moda.
Trabalho de Ingrid Siliakus via site Flavorwire
Trabalho de Simon Schubert – Foto de Simon Schubert
Recortes de Ingrid Siliakus – Foto de FlavorWire
Trabalho de Jum Nakao – Foto de YCBA
Trabalho de Shannon Rankin via site Flavorwire
Trabalho de Peter Calleson via site Flavorwire
Trabalho de Bert Simons via site Flavorwire
Veja mais:
Flavorwire – Paper Orgy (em inglês)
Flavorwire – Maps get Hi-Fi Lo-Fi (em inglês)
Simon Schubert – Papierarbeiten
Por Augusto Paz by Fashion Bubbles
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