A Casa museu do objeto brasileiro apresenta exposição Poética da palha – Cerro Azul
Nos últimos anos, A Casa museu do objeto brasileiro tem se voltado à divulgação e reflexão sobre a produção artesanal e o design brasileiros. Em…
Nos últimos anos, A Casa museu do objeto brasileiro tem se voltado à divulgação e reflexão sobre a produção artesanal e o design brasileiros. Em 2011 A Casa resolveu retomar a vocação de atuar diretamente junto a comunidades de artesãos. O Vale do Ribeira surgiu como localidade própria para tanto. O grupo Tecendo História foi o escolhido por A CASA que convidou o designer Renato Imbroisi para coordenar o projeto de desenvolvimento de novos produtos com palha de milho, bambu e criciúma com artesãos de Cerro Azul. O resultado desse encontro é apresentado agora em exposição que acontece de 23 de novembro e permanece até 17 de fevereiro de 2012.
O projeto desenvolvido por A Casa consistiu na realização de oficinas para desenvolvimento de novos produtos com design e qualidade diferenciada, tais como chapéus, caixas e bolsas, utilizando referências locais para definir a identidade de Cerro Azul. Além disso, o projeto investiu no aperfeiçoamento das técnicas de trançado e cestaria com introdução de novas possibilidades técnicas; na capacitação para o tingimento natural a partir de espécies locais em substituição às tintas industrializadas, e, finalmente, buscou apontar novos nichos de mercado, fornecendo ferramentas de gestão aos artesãos.
Localizado no Vale do Ribeira, a 84,56 km da capital do Paraná, o município de Cerro Azul é conhecida como “terra da laranja” ou “capital da laranja” devido à produção de uma enorme variedade de cítricos como a laranja, limão taiti, limão rosa, mexerica, murcott, montenegra, montenegrina, tinkan, kinkan, conkan e, a mais conhecida do lugar, ponkan (ou poncã). Na época da safra, o contraste entre o verde escuro das folhas das árvores e o amarelo forte dos frutos deixam a paisagem deslumbrante. Embora a agropecuária seja a principal atividade econômica e ocupe a maior parte do tempo dos moradores, o artesanato é feito nas horas vagas e complementa a renda familiar.
O artesanato local é feito a partir de matérias primas naturais como palha de milho, taboa, criciúma e bambu, muitas vezes encontradas no próprio quintal da casa das artesãs, na lavoura em que trabalham ou proximidades. O processo técnico tem início cortando-se as “tiras” do material na largura desejada, o que varia de acordo com o tamanho e o tipo de peça a ser produzida. Isso é feito à mão, no caso da palha de milho, ou com um facão, no caso dos bambus. Em seguida, parte-se para o trançado propriamente dito, que segue caminhos diversos, resultando nos mais variados efeitos. A maior parte dos objetos é vendida em sua cor natural, mas, recentemente, artesãos introduziram tintas industrializadas em algumas peças. A atividade costuma ser realizada em ambiente doméstico e, não raro, conta com a colaboração da família para as tarefas mais simples.
HisakoKawakami foi a responsável pela oficina de tingimento vegetal, ensinando todo o processo aos artesãos. Já a oficina de trançado, foi coordenada por Francinaide Farias Silva de Alcântara, artesã do Distrito Federal, que apresentou técnicas para o desenvolvimento de novos produtos com maior valor agregado. Adriane Coleto conduziu a oficina de gestão de mercado, abordando temas como precificação, posicionamento dos produtos, relacionamento com os clientes e controle de qualidade.
A expectativa é a de que o projeto torne os produtos artesanais de Cerro Azul conhecidos em todo o país, possibilitando aos moradores uma alternativa de trabalho durante a entressafra da laranja. Famoso nacionalmente pela citricultura está na hora de Cerro Azul apresentar ao Brasil suas habilidades artesanais.
Exposição Poética da palha – Cerro Azul
Abertura
23 nov | das 19h30 às 22h30 (manobristas no local)
Visitação
de 24 nov 2011 a 17 fev 2012 | de seg a sex, das 10h às 19h
A Casa museu do objeto brasileiro
Rua Cunha Gago, 807 Pinheiros | São Paulo SP
Via Solange Viana Notícias
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