“A estréia” – Bubbles in the City
Dizem que baiano não nasce: estréia. Então, eu – que topo tudo por um acarajé e tenho dendê na veia -, vou tomar a brincadeira…
Dizem que baiano não nasce: estréia. Então, eu – que topo tudo por um acarajé e tenho dendê na veia -, vou tomar a brincadeira emprestada para anunciar não o nascimento, mas sim a estréia desta, digamos, coluna: Bubbles in the City.
Antes de você balbuciar um reprovador “tsic-tsic”, vou logo assumindo: sim, tomei como referência a coluna de Carrie Bradshaw. O que fazer? Sou fã de Sex and the City, sorry.
Do que tratará Bubbles in the City? Da linda, louca e frenética cidade de São Paulo, óbvio. Você sabe: aqui tem de um tudo – e ainda sobra. Um peculiar “way of life” pulsa nas veias dos mais de 19 milhões seres humanos que habitam essa que é a sexta metrópole mais populosa do mundo. (Quais são as cinco primeiras? Go google it.) Vamos falar sobre como vivem (e sobrevivem), o que pensam, fazem, querem os paulistanos e todos os demais que moram por aqui. Enfim, vamos falar do que faz São Paulo borbulhar.
Pra começar, uma reflexão (profunda, pero no mucho): São Paulo é mesmo o máximo?
Clichê dos clichês quando se fala, lê ou ouve sobre São Paulo: cosmopolita, centro comercial e financeiro, concentração de culturas (nacionais e internacionais), cidade das oportunidades, da boa comida, da moda, da balada, de gente bem vestida e antenada. Será?
Hoje almocei com um amigo (recente, mas, espero, pra sempre). Nunca tinha reparado… (Claro, sempre havíamos nos encontrado em festas, com som alto e espumante rolando.) Só hoje, num almoço de “negócios”, notei o sotaque. De onde? Bahia! Eita, Bahia… Apesar de 15 anos em Sampa, o jeito baiano de falar persiste – que bom!
Conversa vai, conversa vem, minha visão egocêntrica de São Paulo foi por água abaixo. Estava certa de que ele, enquanto baiano, sempre sonhou em morar em São Paulo. Onde eu estava com a cabeça? No próprio umbigo, provavelmente. Sua besta (concluí comigo messs), São Paulo só tem trânsito, enchente, seqüestro, motoboy e estresse!
O cartão postal do Brasil é o Rio – e ponto. Ninguém sonha em conhecer a avenida Paulista. Ninguém sabe onde é o Viaduto do Chá (nem eu, inclusive). Por ooooutro lado… Copacabana, Ipanema, Arpoador, Corcovado, bondinho, Pão de Açúcar… Eita coisa boa! Paisagem bonita, praia, sol, gente sarada e sorridente, guaraplussshh e bisssshhhhcoito Globo.
Alto lá, internauta! Já ouviu dizer que toda unanimidade é burra? Falemos a verdade: São Paulo não é o máximo. E o Rio não é bem assim. Na verdade, toda cidade tem seus prós e contras. Pra saber o que rola mesmo, só vivendo nelas. Mas confesso: adoro o Rio, mas só saio de São Paulo se for à força.
Por Emi Brito