MASP apresenta Toulouse-Lautrec em Vermelho – Maior mostra do artista já realizada no Brasil. Entenda a importância dele na arte
O MASP inaugura, de 29 de junho a 01 de outubro 2017, super exposição do Toulouse-Lautrec . Em torno do tema da sexualidade,…
O MASP inaugura, de 29 de junho a 01 de outubro 2017, super exposição do Toulouse-Lautrec . Em torno do tema da sexualidade, a mostra conta com 75 obras, entre pinturas, cartazes e gravuras.
A arte assim como a moda ajudam a traduzir o espírito do tempo, retratando suas angústias, anseios e desejos.
Estamos em Paris no final do século 19, as ruas acabam de receber iluminação a gás, abrindo espaço para que as mais diversas figuras pudessem se encontrar nos espaços públicos: burgueses, boêmios, artistas, filósofos, prostitutas, dançarinos. Uma verdadeira efervescência noturna era desencadeada na capital francesa em um intenso despertar para a modernidade.
Henri Toulouse-Lautrecera (1864-1901) um desses artistas a perambular pelas ruas de Paris, passa relatar em suas pinturas cenas triviais deste cotidiano. Pintor pós-impressionista e litógrafo francês, ficou justamente conhecido por pintar a vida boêmia de Paris do final do século XIX. Sendo ele mesmo um boêmio, faleceu precocemente aos 36 anos de sífilis e alcoolismo.
Nascido na nobreza, herdeiro de uma linhagem aristocrática francesa, trabalhou por menos de vinte anos mas deixou um legado artístico importantíssimo, tanto no que se refere à qualidade e quantidade de suas obras, como também no que se refere à popularização e comercialização da arte.
Toulouse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos cartazes publicitários, ajudando a definir o estilo que seria posteriormente conhecido como Art Nouveau. Filho mais velho do Conde Toulouse-Lautrec-Monfa, de quem deveria herdar o título, falecendo antes do pai.
Toulouse-Lautrec sofria de uma doença genética rara, a Pycnodysostosis, que ficou mais tarde conhecida como Doença de Toulouse-Lautrec. Caracterizada por ossos frágeis e baixa estatura, ele não ultrapassava a altura de 1,52 m, tornando-se um homem com corpo de adulto, mas com pernas curtas de menino. Seu eram primos de primeiro grau resultando em gerações de endogamia.
Frequentador assíduo do Moulin Rouge e outros cabarés, o pequeno nobre acaba se acomodando muito bem naquele ambiente tão estranho onde seus pais nunca aceitaram em ter o filho. Como crônicas, o legado de Henri, narra a vida noturna parisiense, e, de uma forma trivial, não glamourosa, retrata seus cabarés, cafés, salas de concerto e bordéis, seus personagens? Prostitutas, boêmios e dançarinos. Tinha habilidade em capturar essas pessoas em seu ambiente de trabalho, com a cor e o movimento vibrante, retratando com perfeição a opulenta vida noturna.
Usava muito vermelho, em geral de maneira contrastante, cabelos cor de laranja e a cor verde limão para traduzir a atmosfera elétrica da vida noturna. Era um mestre do contorno, podia retratar cenas de grupos de pessoas onde cada pessoa é individual (e na época podia ser identificada apenas pela silhueta). Frequentemente ele aplicava a tinta em uma estreita e longilínea pincelada, deixando a base (papel, tela) ou o contorno aparecer. Sua pintura é gráfica por natureza, nunca encobria por completo o traço forte do desenho. O contorno simples era a “marca registrada” de Lautrec desde o início da carreira como designer de cartazes. Não pintava sombras. Suas pinturas sempre incluíam pessoas (um grupo ou um indivíduo) e não gostava de pintar paisagens.
Era atraído por Montmartre, uma área de Paris famosa pela boemia e por ser antro de artistas, escritores, filósofos. Escondido no coração de Montmartre estava o jardim de Pere Foret onde Toulouse-Lautrec pintou uma série de óleos sobre tela ao ar livre de Carmen Gaudin (a modelo ruiva que aparece no quadro “A Lavadeira” de 1888). Quando o cabaré Moulin Rouge abriu as portas ali perto, Toulouse-Lautrec foi contratado para fazer cartazes. Posteriormente ele passou a ter assento cativo no cabaré, onde suas pinturas eram expostas. Nos muitos conhecidos trabalhos que ele fez para o Moulin Rouge e outras casas noturnas parisienses em 35 anos estão retratadas a cantora Yvette Guilbert, a dançarina Louise Weber, mais conhecida como a louca e cativante La Goulue (“A Gulosa”), a qual criou o cancan francês, e também a mais discreta dançarina Jane Avril.
A exposição inédita foi realizado pelo MASP em parceria com o tradicional escritório Pinheiro Neto Advogados que comemora seu 75º aniversário e resolveu presentear a população através desta celebração.
Exposição Toulouse-Lautrec em vermelho
Sexta, 30 de junho às 10:00 – 18:00
MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1578, São Paulo
Toulouse-Lautrecera tem o talento de transportar o espectador para a cena, o envolvendo emocionalmente
Toulouse-Lautrecera captou e eternizou em suas pinturas a vida boêmia de Paris do final do século XIX
A mostra conta com 75 obras, entre pinturas, cartazes e gravuras
Fotos da visita guiada à exposição. Luciano Migliaccio, curador-ajunto da arte europeia do Masp deu um toque especial com suas profundas observações sobre as pinturas. Nos inspirou inclusive o desejo de que pelo menos as principais obras tivessem um áudio contando um pouco da sua história, o que também serviria de iniciação para aqueles que ainda não foram tocados pelo trabalho do artista.
Por Denise Pitta
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