Mostra Inédita de Di Cavalcanti em São Paulo
Exposição FANTOCHES DA MEIA-NOITE, de Di Cavalcanti (1897 – 1976) De 13 de abril 15 de julho, na Casa Guilherme de Almeida O raríssimo álbum…
Exposição
FANTOCHES DA MEIA-NOITE,
de Di Cavalcanti (1897 – 1976)
De 13 de abril 15 de julho, na Casa Guilherme de Almeida
O raríssimo álbum de gravuras de Di Cavalcanti Os fantoches da meia-noite, publicado em 1922, será tema da exposição temporária que o museu Casa Guilherme de Almeida oferecerá ao público a partir de 13 de abril. A mostra foi motivada não só pela beleza da obra e por sua relevância na trajetória desse importante artista do modernismo, mas pela peculiaridade do exemplar que pertenceu a Guilherme de Almeida, hoje integrante do acervo do museu: suas estampas foram coloridas à mão por Di, tornando-o único. Para melhor apreciação das gravuras, elas foram emolduradas com passe-partouts largos, de modo a gerar um espaço generoso entre elas, e distribuídas entre os andares térreo e superior do museu-casa. Uma oportunidade única de observar uma versão diferenciada do trabalho que é marco inicial do modernismo do artista, e representou uma ruptura de seu autor com o estilo antes praticado.
Dados sobre o álbum Fantoches da meia-noite:
Publicação: Monteiro Lobato & Cia. Editores – São Paulo, 1922.
Tiragem: reduzida, número não informado.
Exemplar do acervo da Casa Guilherme de Almeida: “fora de comércio”, número 39 (anotação manuscrita pelo autor), com intervenções de cor incluídas pelo artista.
Sobre a obra:
Ao comentar, na revista Fon-Fon, a exposição que o artista Di Cavalcanti realizou em São Paulo em 1921, Mário de Andrade afirmou que “sobretudo brilhava essa extraordinária série dos Fantoches da meia noite…” Mais de 90 anos depois, a série de desenhos do célebre artista brasileiro mantém seu brilho, acrescido do atrativo de sua importância para a história do modernismo no país. O trabalho pode ser considerado um marco na trajetória de Di Cavalcanti: como observa o pesquisador Sullivan de Almeida, ao produzir os Fantoches, Di realizou “uma ruptura com o estilo art nouveau, até então praticado pelo artista”. Esse rompimento apontava, portanto, para a fase efetivamente modernista do pintor.
Nesse trabalho, no qual, “como um novo Rops ou Lautrec, irônico e brutal”, Di “observa o dia dos que vivem… de noite” (também no dizer de Mário de Andrade, em crônica de 1921), pode-se reconhecer “o filão da sátira e do grotesco na apreensão da boêmia carioca”, como anota Telê Ancona Lopes (no livro De São Paulo: Cinco crônicas de Mário de Andrade – 1920-1921) ao referir-se à leitura crítica de Mário sobre a série.
O próprio Di Cavalcanti menciona os Fantoches ao relatar sua vinda do Rio a São Paulo, para inserir-se no ambiente modernista de São Paulo: “Saí da Lapa para a aventura da Semana de Arte Moderna em São Paulo, com o coração transbordado de aventuras amorosas, com a boca amarga de álcool mau e as mãos cansadas de desenhar o que eu via num mundo de Fantoches da meia-noite.”
Di Cavalcanti na Casa Guilherme de Almeida:
O museu que funciona na antiga residência do poeta modernista Guilherme de Almeida abriga um importante acervo de arte, que conta com diversas telas, desenhos e gravuras de Di Cavalcanti, amigo próximo de Guilherme e companheiro de atuação no movimento modernista de São Paulo. Coube a ele a criação da capa e ilustrações do livro de poemas A dança das horas, publicado por Guilherme em 1919.
O próprio Di relata seu primeiro encontro com o poeta: “Guilherme de Almeida não sabia, felizmente, da existência de meus versos, quando me deu a Dança das horas para ilustrar. Ele conta que a primeira vez que me viu, eu vestia uma elegantíssima roupa do Nagib e que minha palidez o impressionara. Também fiquei impressionado com a elegância de Guilherme. No Progredir bebemos o nosso feliz encontro. Com Guilherme eu fiquei sabendo o que era um poeta integral. E este poeta integral subiu pela mão da poesia, até a Academia de Letras!”
Casa Guilherme de Almeida – serviço:
EXPOSIÇÃO FANTOCHES DA MEIA-NOITE de Di Cavalcanti (1897 – 1976)
Local: Casa Guilherme de Almeida
Endereço: Rua Macapá, 187, Pacaembu, São Paulo, Capital
Quando: de 13 de abril a 15 de julho de 2013
E-mail: casaguilhermedealmeida@gmail.
Fones: (11) 3673-1883 / (11) 3672-1391
Site: www.casaguilhermedealmeida.
Horários da Casa para receber o público: de terça a domingo, das 10h às 18h. Grupos podem agendar visita por telefone.
Entrada franca.
Informações para a imprensa:
Patrícia Cicarelli
Fones: (11) 5589-4123 / (11) 9-9980-3813
E-mail: [email protected] – Twitter: @PCicarelli
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Patrícia Cicarelli
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