!!Bubbles – Conheça a história do Champagne
“Venha rápido, estou degustando as estrelas!” – Dizia Dom Pérignon no momento em que descobriu o Champagne. O Champagne é o único vinho que todos,…
“Venha rápido, estou degustando as estrelas!” – Dizia Dom Pérignon no momento em que descobriu o Champagne.
O Champagne é o único vinho que todos, sem exceção, param para sentí-lo antes de degustá-lo. É um sentimento único sentir as bolhas alcançarem a pele antes de descobrir seu sabor. Impossível encontrar outro vinho que tenha imagem tão alegre e festiva, afinal, na vitória merecemos! Napoleão Bonaparte usava o Champagne da mesma forma que garotas tristes usam o sorvete, ele dizia “Bebo também Champagne quando perco, para me consolar.”
O nome ‘Champagne’ deriva do latim ‘campus’/’campania’ que quer dizer ‘campo’. Do latim surgiu a palavra no velho francês ‘Champaign’, e finalmente evoluiu para a palavra ‘Champagne’.
Região de Champagne
Champagne é uma região da França, portanto o vinho espumante só contém a nominação ‘Champagne’ se ele provém dessa região no nordeste do país, que aliás foi primordial para sua criação.
Mapa da França separado por regiões
O frio da região cria um amadurecimento lento dos frutos e isso confere uma alta acidez, importante para o processo lento de envelhecimento do Champagne. O solo com muito cal também ajuda fabricar esse vinho ímpar. Essa era uma região de vinhos tintos fabricados no outono e estabilizados no inverno, e o frio interrompia a fermentação. Durante a primavera os vinhos eram aquecidos para retomar a fermentação, gerando um efervencência e tornavam vinhos frisantes que virou moda na Inglaterra no século XVII. Com esse segundo processo de fermentação muitas garrafas também explodiam (era conhecido como vinho do diabo) e muito era perdido.
Primeira pintura que o Champgne aparece – “Le Déjeuner d’huîtres” (Almoço com ostras) de Jean François de Troy – 1735
No provoado de Hautvillers, próximo de Epernay, capital da região de Champagne, os monges Dom Pérignon e Dom Ruinart se esforçavam para conseguir desenvolver um melhor processo na fermentação da primavera, para que as garrafas não explodissem mais.
Pintura de Armand Guery de 1714 – “Dom Pérignon descobre as bolhas do Champagne”
Em 1670, após muito estudo, os monges chegaram a cinco conclusões:
– A mistura de diferentes vinhos da região, conseguindo assim um produto mais harmonioso.
– Separação e prensagem em separado das uvas pretas que predominam em Champagne, obtendo assim um cristalino sumo de uva.
– O uso de garrafas de vidro mais espesso para melhor permitirem a pressão da segunda fermentação em garrafa. As garrafas eram importadas da Inglaterra.
– O uso da rolha de cortiça, vinda de Espanha, que permitiu substituir o anterior sistema, pauzinhos de cânhamo embebidos em azeite.
– A escavação de profundas adegas, hoje galerias com vários quilômetros de extensão e usadas por todos os produtores, para permitir o repouso e envelhecimento do champanhe a uma temperatura constante.
Fechando a rolha de uma garrafa de Champagne em 1855
Voilá!! Nascia o Champagne!
No século XVII, eles tinham a produção perfeita do Champagne da forma que o conhecemos hoje, mas faltava a fama! E novamente, graças à região, isso foi possível. O fato é que a cidade de Reims, que faz parte da região de Champagne, é o local onde todos grandes reis da França foram coroados. A coroação acontecia na Catedral de Notre-Dame de Reims, e em todas comemorações era servido Champagne à vontade, ficou então conhecido como o vinho dos reis e ficou muito apreciado pelo seu gosto e fineza, as garrafas eram oferecidas nas visitas monarquicas.
Resumindo, a natureza do Champagne é marcada pelo solo, clima e hoje em dia três uvas viníferas. Duas variedades tintas, Pinot Noir* que traz corpo e longevidade e Pinot Meunier, responsável pela sutileza aromática. E o vinho branco Chardonnay** que carrega leveza, caráter e elegância. Em algumas produções são utilizados outros tipos de cepas.
Uvas Chardonnay / Uvas Pinot Noir / Uvas Pinot Meunier
*Pinot Noir – uvas negras que tem origem em Borgonha (região francesa) – tem cultivo exigente e é sensível às pragas. Produz vinhos de cor menos intensas, com muita sutileza olfativa de frutas vermelhas. Tem boa acidez e ótimo paladar. Cria personalidade, estrutura e caráter com o passar do tempo.
**Chardonnay – Uva branca da Borgonha. Destaca pela excelente qualidade, leveza e toque aromático aos seus vinhos. Seus aromas podem remeter a maçã, abacaxi, mel e nozes.
Bom, no Fashion Bubbles, além de conhecer sobre tudo da moda, é importante entender sobre as ‘bubbles’, aliás, quer bebida mais fashion que Champagne?
Por Josana Mendes
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